Economista descobre doença no fígado por uso excessivo de ivermectina

A economista Cremilda Carneiro foi diagnosticada com uma doença no fígado chamada colestase, adquirida por conta do uso excessivo de ivermectina. De acordo com informações do porta G1, Cremilda tomava três capsulas do vermifugo a cada 15 dias como prevenção à covid-19. Assim como a hidroxicloroquina e a azitromicina, o remédio contra parasitas faz parte do chamado “kit covid“, um conjunto de remédios indicados para o tratamento da covid, mesmo sem comprovação científica.

Segundo a economista, ela tomou o remédio por influência dos irmãos, que receberam a informação de que o vermífugo seria eficiente no tratamento ou prevenção ao novo coronavírus. “Meus irmãos, que alguém disse para eles, que um médico, algum conhecido, que a ivermectina era a cura ou a preventiva. Todos eles tomaram a ivermectina e eu não poderia ficar de fora”, disse a Cremilda ao G1.

Ela disse ainda que a colestase ainda estava na fase moderada, mas prestes a se tornar uma doença grave. “E você acredita com força total que aquilo ali [medicamento] é seguro, que vai te proteger, uma das bobagens da vida que a gente faz. São três graus: o leve, o moderado e o grave né? Eu estava no moderado, quer dizer, um passo para chegar no mais sério”, contou. “Para com a ivermectina. Vai usar máscara, vai se cuidar, não vai aglomerar. Porque é a melhor coisa que você faz”, pediu a economista.

A colestase é qualquer tipo de infecção que atinge o fígado e interrompe o fluxo de bile ao primeiro estágio do intestino. Se não tratada, pode evoluir para uma cirrose hepática e causar insuficiência do fígado e até tumores locais, sendo necessário, inclusive, transplante.

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