Em 14 dias do mês, Amazônia já tem mais queimadas que em todo setembro do ano passado
O número de queimadas das duas primeiras semanas de setembro também já supera o total registrado de queimadas de setembro de diversos anos anteriores, como 2016, 2013, 2011
Os primeiros 14 dias de setembro deste ano já tiveram mais queimadas na Amazônia do que em todo o mês de setembro de 2019. Até terça-feira (15), 20.485 focos de calor foram registrados no bioma pelo programa Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Em todo o mês de setembro do ano passado foram 19.925 focos.
Em três dias do mês, foram registrados mais de 2.000 focos de calor em cada um deles e setembro está com uma média de 1,4 mil queimadas por dia.
O mês, junto a agosto, é um dos mais críticos em questão de queimadas no bioma, historicamente, por se tratar do período seco na Amazônia. Desmatadores aproveitam esse momento menos úmido para queimar o material biológico que foi derrubado anteriormente.
O número de queimadas das duas primeiras semanas de setembro também já supera o total registrado de queimadas de setembro de diversos anos anteriores, como 2016, 2013, 2011 e períodos mais distantes, como 1998 e 1999.
Recentemente, Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente e chefe do Conselho da Amazônia, e Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, compartilharam um vídeo que afirmava que a Amazônia não estava queimando.
Em seu Twitter, Mourão afirmou: “Essa é a verdade. Nós cuidamos!”. As falas seguem a prática constante, durante o governo Jair Bolsonaro (sem partido), de minimizar ou ignorar dados ambientais que mostrem a destruição dos biomas nacionais.
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