Grávida com covid-19 morre após chá de fraldas surpresa
Professora, de 31 anos, tinha gravidez de risco e cumpria isolamento social restrito, mas ganhou festa surpresa das colegas do trabalho; uma das convidadas estava infectada e ainda não sabia
A professora Camila Graciano, de 31 anos, que estava grávida de oito meses, morreu de covid-19 em Anápolis, Goiás. Segundo familiares, ela teve contato com uma pessoa infectada dias antes de ser internada, após ganhar um chá de fraldas surpresa das colegas de trabalho. A morte da gestante foi confirmada no último sábado (22) pela Santa Casa de Misericórdia de Anápolis. Camila estava internada havia pouco mais de uma semana na unidade.
A gravidez da professora era de risco e, por isso, ela tomou todos os cuidados possíveis e fez um isolamento social restrito. No entanto, o irmão da vítima, Daniel Hélio Ambrósio, contou ao G1 que colegas de trabalho da professora fizeram a festa surpresa na reta final da gravidez e uma das participantes estava infectada. A colega ainda não sabia que estava contaminada, pois não apresentava sintomas da covid-19.
“Algumas conhecidas dela, como amigas do serviço, fizeram um chá de fraldas surpresa, e uma delas estava contaminada e não sabia. Logo depois, ela ficou muito ruim e os familiares avisaram às meninas que participaram do chá. Infelizmente, minha irmã foi uma das infectadas”, contou Daniel.
INTERNAÇÃO
Camila precisou ser internada às pressas, três dias depois da comemoração. A família da professora ainda encontrou um empecilho. Não havia, na data, leitos disponíveis em nenhuma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da região. Familiares pensaram até em levar a docente para Goiânia ou Brasília.
“Graças a Deus, temos muitos amigos, todos se mobilizando em prol de conseguir uma vaga de UTI para a Camila, até que conseguiram um leito na Santa Casa”, relatou o irmão.
O parto precisou ser induzido para salvar a vida da bebê, que nasceu prematura, aos oito meses. “Graças a Deus minha sobrinha apresenta bons sinais, está respirando sozinha na incubadora, não precisa de balão de oxigênio”, contou Daniel. As informações são do jornal Correio Braziliense.
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