Meio milhão de pessoas não aparece para tomar segunda dose de vacina contra covid em São Paulo
Especialistas advertem que a imunização completa só é adquirida após a conclusão do ciclo vacinal, que inclui a dose de reforço
Dados do governo do estado de São Paulo mostram um crescimento de 25% no número de pessoas que deixaram de tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19 nos últimos 19 dias. Contabilidade feita no dia 8 de maio indicava que 400.958 não apareceram para tomar a dose de reforço, número que agora chega a 501,6 mil pessoas.
Especialistas advertem que a imunização completa só é adquirida após a conclusão do ciclo vacinal, que inclui a dose de reforço. Dos 501,6 mil faltosos, 212.403 pessoas tomaram a primeira dose com o imunizante da Oxford/Astrazeneca (Fiocruz), e outros 289.290, do Butantan (Coronavac). Segundo balanço do governo estadual, até às 17h desta quinta foram aplicado um total de 16.621.514 doses de vacinas contra a covid-19 em moradores dos 645 municípios paulistas, sendo 11.036.779 com a primeira dose, e 5.584.762 com a segunda.
As 501,6 mil pessoas que não apareceram correspondem a 4,5% do total daqueles que tomaram a primeira dose. Uma das preocupações das autoridades de saúde do estado é que a faixa entre 80 anos e 89 anos responde por 80% daqueles que não tomaram a dose de reforço do imunizante da Astrazeneca. Dos 212.403 que não tomaram a vacina da Fiocruz, 169.922 são pessoas nesta faixa etária. Os demais são profissionais de saúde.
“É assombroso”, afirma a médica Mônica Levi, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), ao ser informada sobre o número de faltosos. Nesta sexta-feira (28), começa a vacinação de novos grupos prioritários em todo o estado. Pessoas com mais de 40 anos com comorbidades ou deficiências permanentes, estudantes que estão no último ano de cursos de saúde e funcionários da área da saúde com mais de 18 anos poderão receber a primeira dose do imunizante. Trabalhadores do transporte aéreo que atuam nos aeroportos de Congonhas, de Cumbica, em Guarulhos, e de Viracopos, em Campinas, também serão imunizados.
Em nota, o governo estadual afirma que envia as doses com base nas estatísticas populacionais previstas pelo Ministério da Saúde para cada faixa etária ou público específico. A quantidade de doses encaminhadas aos municípios para primeira e segunda dose são idênticas, feitas em duas entregas diferentes, ainda segundo o estado.
Os imunizantes são encaminhados conforme cronograma do PEI (Programa Estadual de Imunizações), com as orientações técnicas para uso. O intervalo de tempo de aplicação entre doses é de até 28 dias para a vacina do Butantan e de até 12 semanas para a da Fiocruz.
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