Metalúrgicos de Taubaté fecham acordo com a Ford e garantem estabilidade por 2 anos
Em nota, a Ford afirma que "a medida faz parte do acordo construído entre Ford e sindicato"
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Os trabalhadores da Ford de Taubaté (a 140 km de São Paulo) fecharam acordo com a empresa e vão garantir dois anos de estabilidade no emprego, até 31 de dezembro de 2021.
As negociações, que começaram em novembro e terminaram na quinta-feira (19), após aprovação do acordo pela categoria, incluem ainda a abertura de um PDV (Programa de Demissão Voluntária) e reajuste para repor em 100% a inflação do período. A estabilidade começa a contar em março, após o fim do PDV.
Segundo a montadora, o PDV já começou a valer nesta quinta-feira (20). Os trabalhadores interessados devem se inscrever até o dia 3 de março. A intenção, informa o Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região), é incluir ao menos 277 profissionais no plano (254 horistas e 23 mensalistas).
Se não houver um número de adesões suficientes, a empresa deverá demitir. O motivo é que a unidade tem excedente profissional.
Em nota, a Ford afirma que “a medida faz parte do acordo construído entre Ford e sindicato, aprovado pela ampla maioria dos empregados, para ajustar a força de trabalho às condições do mercado, a fim de suportar a competitividade e sustentabilidade da unidade”.
A fábrica da Ford em Taubaté tem hoje 920 metalúrgicos, diz o sindicato. A intenção era demitir 350 trabalhadores. Mas, após negociações, o total diminuiu.
“Para nós ainda é um número extremamente alto, porque estamos falando de pais e mães de família”, afirma o dirigente sindical Sinvaldo Cruz.
Quem aderir ao PDV terá direito a alguns benefícios. Para os horistas, será pago 0,75 do salário por ano trabalhado mais R$ 9.000 de plano de saúde. Eles também terão direito a um carro no valor de R$ 47.490.
No caso dos mensalistas, a montadora vai pagar 0,415 do salário por ano trabalhado mais dois salários como indenização adicional, informa a empresa.
Os trabalhadores conquistaram ainda direito a reajuste anual em 2020 e 2021, com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). A jornada de trabalho será de 40 horas semanais.
No caso da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), o benefício será mantido por dois anos e terá reposição da inflação. Neste ano, os trabalhadores receberão o mesmo valor da PLR de 2019 mais R$ 1.400. Em 2021, será o mesmo valor de 2019, corrigido pela inflação dos dois anos.
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