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Para 56%, Bolsonaro não tem capacidade de liderar o Brasil, diz Datafolha

Brasileiros que consideram o presidente incapaz são maioria entre todas as faixas de renda familiar da pesquisa


Por Estadão Conteúdo Publicado 18/03/2021
Bolsonaro sobre lockdown: 'Como é que fica a economia?'
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A parcela da população que acredita que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não tem capacidade de liderar o País cresceu de 50% em janeiro para 56% em março, mostra pesquisa do instituto Datafolha divulgada na madrugada desta quinta-feira (18). No período, a proporção dos que consideram o presidente capaz caiu de 46% para 42%.

O levantamento, feito nos dias 15 e 16 de março, ouviu 2.023 pessoas por telefone em todo o país. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Bolsonaro é considerado mais incapaz de liderar o País nas regiões Nordeste (63%) e Sudeste (57%) do que no Sul (46%) e no Centro-Oeste e Norte (49%). Os brasileiros que consideram o presidente incapaz são maioria entre todas as faixas de renda familiar da pesquisa: os que ganham mais de 10 salários mínimos (62%), entre 5 e 10 salários mínimos (58%), entre 2 e 5 salários mínimos (53%) e até 2 salários mínimos (57%).

Considerando a escolaridade, Bolsonaro é visto como mais incapaz entre os brasileiros com ensino superior (62%), mas a opinião também é majoritária entre as pessoas com ensino médio (54%) e com ensino fundamental (54%). Nas faixas de idade, o presidente é considerado mais incapaz por pessoas de 16 a 24 anos (58%), de 35 a 44 anos (58%) e de 60 anos ou mais (58%). Ele é menos visto como incapaz entre quem tem de 25 a 34 anos (53%) e de 45 a 59 anos (53%).

Para 74% dos espíritas ou kardecistas, o presidente é incapaz de liderar o País. A taxa cai para 58% entre os católicos e para 46% entre os evangélicos. Bolsonaro é visto como incapaz pela maioria de pretos (64%), pardos (55%), amarelos (55%) e brancos (54%). Entre as mulheres, a taxa é de 61% e, entre os homens, de 50%.

IMPEACHMENT

Entre janeiro e março, a parcela dos brasileiros que considera que o Congresso Nacional deveria abrir um processo de impeachment contra Bolsonaro avançou de 42% para 46%, dentro da margem de erro da pesquisa. A proporção dos que são contrários a um processo de impeachment do presidente caiu de 53% para 50%, também dentro da margem.

O apoio ao impeachment é maior no Nordeste (56%) e no Sudeste (45%) e menor no Centro-Oeste e Norte (41%) e na região Sul (38%). Considerando as faixas de renda, são mais favoráveis ao impeachment as pessoas que ganham até 2 salários mínimos (50%) e mais de 10 salários mínimos (46%). O processo também é mais defendido por pessoas com ensino superior (49%) e por quem tem entre 16 e 24 anos (50%).

Nas aberturas por religião, a defesa da abertura de um processo de impeachment é maior entre espíritas e kardecistas (58%) e católicos (50%) e menor entre os evangélicos (38%). No recorte de cor, a maior parte do apoio à instauração do processo está entre pretos (58%) e amarelos (51%). Apenas 45% dos pardos e 42% dos brancos são favoráveis à abertura do processo.

A razão dos que avaliam que Bolsonaro deveria renunciar à Presidência nesse período cresceu de 45% para 47%, segundo o Datafolha. Já a proporção dos brasileiros que acham que o presidente não deveria renunciar ficou praticamente estável, de 51% para 50%.

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