Relógios de celulares adiantam mais uma vez, mesmo sem horário de verão
A atualização automática dos aparelhos celulares e outros dispositivos digitais para um horário que não existe mais se tornou um transtorno
Como acontece desde 2019, alguns relógios de celulares adiantaram automaticamente em uma hora mesmo sem a entrada em vigor do horário de verão, extinto pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no início do governo.
“Final de 2021 e meu celular ainda muda as horas para um horário de verão que não existe mais”, afirmou um usuário que enfrentou a falha na madrugada deste domingo (7). Nas redes sociais, dezenas de pessoas reclamaram do problema.
“Meu celular entrou em horário de verão e não quer mudar de jeito nenhum”, disse outro usuário.
Com o horário de verão os brasileiros costumavam aproveitar uma hora a mais do período diurno, mas Bolsonaro extinguiu a tradicional mudança de horário que ocorria desde os anos 1930, e tinha como objetivo economizar energia elétrica nos meses mais quentes do ano. Até o decreto presidencial que determinou sem fim, ele foi aplicado por 35 anos sem interrupção.
Desde o início, a medida causou insatisfações. A atualização automática dos aparelhos celulares e outros dispositivos digitais para um horário que não existe mais se tornou um transtorno. Lucas, um usuário do Twitter, perguntou aos seguidores qual era o horário correto. Seu relógio marcava 14h11, enquanto seu celular, 13h11. “O que tá acontecento, tem ou não tem horário de verão?”, questionou.
Outra usuária perguntou se alguém mais tinha sido “tapeado” pelo dispositivo, que atualizou sozinho. “Eu sim, fiz tudo uma hora adiantada, inclusive acordei mais cedo em pleno domingo por causa do relógio automático”, escreveu.
A volta do horário de verão está sendo apoiada pelo setor de turismo, que acredita que o retorno pode beneficiar o turismo nacional por estender o horário das atividades ligadas ao setor. O apoio também cresceu entre o setor comercial. Fabio Aguayo, diretor da CNTur (Confederação Nacional do Turismo), disse a reportagem da Folha que Bolsonaro pode recuar com a medida.
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