Mulher mais velha a saltar de paraquedas, Vovó Iaiá morre aos 110 anos
Em 2016, ela escreveu o nome em outro recorde mundial: se tornou aos 106 anos a pessoa mais velha a carregar uma tocha olímpica, durante o percurso da chama dos Jogos do Rio-2016 por Macapá
Considerada a paraquedista mais velha a saltar de um avião, Aida Gemaque Mendes, conhecida como Vovó Iaiá, morreu nesta quinta-feira (9) em Macapá após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Ela estava internada desde 31 de março em razão de um acidente doméstico que causou a fratura de um dos fêmures.
Vovó Iaiá tem o recorde mundial de ser a mulher mais velha a pular de paraquedas, fato ocorrido pela primeira vez em 2010, quando completou 100 anos. Desde então, não parou mais de saltar e quebrou a própria marca pela última vez em 2015.
Um ano depois, em 2016, escreveu o nome em outro recorde mundial: se tornou aos 106 anos a pessoa mais velha a carregar uma tocha olímpica, durante o percurso da chama dos Jogos do Rio-2016 por Macapá.
O acidente doméstico pegou a família de surpresa. Vovó Iaiá estava bem de saúde e não apresentava qualquer sintoma de doença. “Ela subiu em um pufe para pendurar uma rede em casa e acabou caindo, fraturando um fêmur, ficando internada desde esse dia no Hospital de Emergência. Ela ficou bastante debilitada e hoje o coração parou quando teve uma queda drástica de pressão”, relatou um dos netos, Josivaldo Vaz. O velório ocorre em Macapá para poucas pessoas devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus na capital amapaense. O sepultamento está marcado para ocorrer no fim da tarde no cemitério São José, onde estão enterrados os pais de Aida.
Amante dos esportes radicais, Vovó Iaiá tomou gosto pelo lado aventureiro na terceira idade. Além de pular de paraquedas, ela também praticava vôlei e caminhava para não ficar parada. Ela deixa cinco filhos (dois vivos), 12 netos, 13 bisnetos e 12 tataranetos. “Foi uma inspiração muito grande para todos, não apenas para o pessoal da melhor idade, mas para quem é mais novo e que gosta de esportes radicais. Com certeza inspirou muita gente e os recordes deixam essa mensagem”, comentou o neto, que incentivou a avó a pular de paraquedas há 10 anos.
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