Usamos cookies e outras tecnologias para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Pastor diz que ‘mendigos têm o dever bíblico de passar fome’ e gera revolta

"A maioria dos mendigos tem o dever bíblico de passar fome, pois Paulo diz aos tessalonicenses: 'Se alguém não trabalha, que também não coma'", escreveu ele, que limitou os comentários na publicação


Por Folhapress Publicado 04/05/2022
Pastor diz que 'mendigos têm o dever bíblico de passar fome' e gera revolta
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um pastor causou revolta nas redes sociais ao defender que “mendigos têm o dever bíblico de passar fome”. Marcos Granconato, líder da Igreja Batista Redenção, em São Paulo, fez a afirmação no Facebook no domingo (1º) e a mensagem tem repercutido durante esta semana. “A maioria dos mendigos tem o dever bíblico de passar fome, pois Paulo diz aos tessalonicenses: ‘Se alguém não trabalha, que também não coma'”, escreveu ele, que limitou os comentários na publicação.

Diversas pessoas demonstraram revolta e contestaram a posição de Granconato. “Então a maioria dos mendigos são vagabundos [sic] na sua visão? O senhor diz isso com base em quê?”, escreveu um homem. “Com base no que eu vejo nas ruas. Gente forte, saudável e jovem mendigando por aí! Quando vejo um doente, me compadeço. Mas quando olho para a maioria, percebo que é pura vagabundagem”, respondeu o líder religioso.


O pastor ainda disse que já ofereceu trabalho para “um monte de mendigos”. “Perguntem se eles aceitaram”, escreveu ele, completando a afirmação com o Salmo 37.25. “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão.”


Granconato ainda defendeu que “o pobre a gente ajuda. O vagabundo não” e contestou a afirmação de um fiel que defendia a existência de “pessoas fortes fisicamente, mas doentes emocionalmente e que não têm autoestima suficiente ou equilíbrio mental pra trabalhar”.


“O post diz “a maioria” e não todos. Concordo com você no caso de pessoas doentes. Física e mentalmente. Já a questão de autoestima, isso é coisa de vagabundo mesmo. Pra trabalhar não precisa de autoestima”, respondeu o pastor.


O UOL tenta contato com Granconato por email para esclarecimentos, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado assim que houver um retorno.

A FAVOR DAS ARMAS


Em abril do ano passado, o pastor Granconato foi pivô de polêmica ao publicar uma foto com uma arma em um treino de tiro. Após a repercussão da imagem, ele fez uma publicação defendendo o armamento.


“Eu quero sim influenciar pessoas, instigando-as a praticar o tiro esportivo e ter armas em casa, desde que legalmente. Eu aprovo isso como cristão e creio que todos, após cumprir certas exigências, deviam ter armas em sua residência, em seu carro e em seu local de trabalho. Acredito que isso é sábio e bom. Se eu pudesse, pregaria armado, com um coldre sob o paletó, para proteger meu rebanho de loucos assassinos que atacam igrejas indefesas”, escreveu ele.


“Essa é minha visão e espero que meu post influencie sim as pessoas, levando-as a praticar o tiro com armas de fogo e, se possível, a adquirir uma arma nos termos da lei para afugentar os perversos que sempre se insurgem contra indivíduos inocentes e famílias de bem.”

✅ Curtiu e quer receber mais notícias no seu celular? Clique aqui e siga o Canal eLimeira Notícias no WhatsApp.