Para estimular crédito pós-pandemia, UE afrouxa regras bancárias
Entre as alterações da regulamentação, criada após a crise financeira de 2008, estão o adiamento da implementação completa de padrões contábeis e um alívio nas regras sobre empréstimos garantidos pelo governo
Para estimular o crédito, considerado fundamental na recuperação da crise causada pelo novo coronavírus, a União Europeia anunciou nesta terça (28) que vai relaxar regras de capital para os bancos.
A Comissão Europeia (Poder Executivo da UE) espera que o alívio aumente em até 450 bilhões de euros (cerca de R$ 2,7 trilhões) os recursos emprestados a empresas e pessoas afetadas pela pandemia.
A proposta da UE precisa ser aprovada pelo Parlamento Europeu e pelos líderes dos membros do bloco, mas existe a possibilidade de mudanças serem aprovadas pelo sistema “fast track” do Legislativo.
Segundo a Comissão, a flexibilização das regras torna mais eficientes a política monetária, que tem aumentado a liquidez disponível, e os esquemas montados pelos governos para acelerar o crédito para empresas e pessoas em situação de emergência.
Entre as alterações da regulamentação, criada após a crise financeira de 2008, estão o adiamento da implementação completa de padrões contábeis (que reduzem o capital dos bancos) e um alívio nas regras sobre empréstimos garantidos pelo governo.
A Comissão também disse concordar com o pedido do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia (que faz a regulação global do setor) para adiar de 2022 para 2023 a introdução de um novo padrão de capital para grandes bancos.
Conhecida como “buffer (ou colchão) de alavancagem”, a regra aumentaria a porcentagem de capital que os bancos devem ter em relação a seus ativos totais.
A Comissão também pretende flexibilizar a regra contábil para provisionamento de perdas com empréstimos -que devem crescer após a pandemia.
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