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Merendeiras de Limeira são convocadas e kits com comida serão entregues a alunos em quarentena

Porções serão montadas com arroz, feijão, macarrão, biscoito, suco de caixinha e leite em pó


Por Nani Camargo Publicado 02/04/2020
Foto: Divulgação

Merendeiras de Limeira foram convocadas pela Prefeitura para trabalhar de forma emergencial nas escolas para que sejam fornecidas refeições aos alunos que estão em quarentena.

A medida atende a uma recomendação do Ministério Público e da Defensoria Pública, que, na segunda-feira (31), enviaram um ofício ao prefeito Mario Botion (PSD) para que fosse restabelecido o imediato fornecimento da merenda aos alunos, considerado serviço essencial. O prefeito de Iracemápolis, Fábio Zuza (PSDB), também recebeu o documento.

Conforme a Educadora mostrou, assinam as recomendações o promotor de Justiça Rafael Pressuto e a defensora pública Cristiane Penhalver Jensen.

Eles consideraram a crise global causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), “o qual, infelizmente, tende a se agravar”, diz o documento. O promotor e a defensora lembraram da suspensão das aulas na rede pública de ensino municipal como medida restritiva de contato interpessoal, assim como a oferta de alimentação.

A Educadora foi procurada na noite desta quinta-feira (2) por merendeiras que informaram que foram convocadas para comparecer às escolas já na manhã desta sexta-feira (3) e algumas tinham dúvidas. “Sou diabética e estou no grupo de risco. Não sei se posso trabalhar”, questionou.

A reportagem entrou em contato com o secretário de Educação, André Luis de Francesco, que confirmou a convocação dos servidores, mas ressalvou que ainda seria feita a seleção de quem iria trabalhar e que todas as regras quanto aos grupos de risco seriam respeitadas. “Estamos definindo a logística, quantas merendeiras vão trabalhar, como serão os horários para evitar contatos entre elas e aglomerações. Tudo será feito em horários escalonados” declarou.

Francesco citou que as refeições serão servidas em “forma de kits” para “facilitar a distribuição” e que os pais poderão buscar a merenda nas escolas. A medida também seria para evitar eventuais desperdícios de alimentos. A forma, o dia e os horários do fornecimento do kit ainda serão definidos e divulgados aos pais dos alunos. “A ideia é começar na próxima semana”, explicou o secretário.

Além das merendeiras, outros servidores, como monitores, também foram convocados. Eles irão ajudar na montagem dos kits. A Educadora teve acesso a e-mail recebido por um destes servidores, que explicava como o trabalho aconteceria. Listas com nomes de pais e alunos serão montadas e famílias em maior vulnerabilidade serão informadas aos servidores. Além disso, a quantidade e o fracionamento dos alimentos também serão informados às equipes de trabalho.

Na recomendação feita pelo MP e pela Defensoria, foi citado que muitos pais ou responsáveis trabalham e não têm dentro de seus núcleos de apoio pessoas fora do grupo de risco para deixar seus filhos, e, por esta razão terão uma perda econômica significativa, com reflexos na subsistência da família e da economia.

KITS

Cada kit de alimento levará 500 gramas de arroz, 500 gramas de feijão, 500 gramas de macarrão parafuso, um litro de suco de uva (cinco caixinhas de 200 ml cada), 130 gramas de biscoite e um quilo de leite em pó (somente para famílias com crianças de até 3 anos).

* COLABOROU DANILO JANINE

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