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Professores, pais e alunos têm medo de pegar covid-19 com volta às aulas presenciais, mostra pesquisa

Pesquisa encomendada pela Apeoesp mostra que professores e pais de alunos também são contrários ao retorno presencial para o segundo semestre letivo neste momento


Por Redação Educadora Publicado 02/08/2021

Uma pesquisa encomendada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e divulgada nesta segunda-feira (2), mostrou que a maioria dos professores, pais de alunos e alunos do Ensino Médio de escolas públicas do Estado de São Paulo têm medo de contrair e passar a covid-19 com o retorno das aulas presenciais no Estado. O estudo foi feito pelo Instituto Vox Populi, que ouviu 3,6 mil pessoas, sendo 1,5 mil professores, 1.5 mil pais de alunos e 600 estudantes.

Segundo a pesquisa, 85,6% dos professores de escolas públicas do Estado têm receio de contrair a doença causada pelo novo coronavírus com o retorno das aulas presenciais. Além disso, 81,8% dos pais de alunos que frequentam escolas públicas em São Paulo também têm medo de enviar os filhos para a escola e eles serem contaminados e espalharem a doença. Por parte dos alunos, 76,1% possuem esse mesmo medo.

O estudo também mostra que os professores e pais são contra a retomada das aulas presenciais da rede pública de ensino no Estado. De acordo com a pesquisa, 56,2% dos professores entrevistados desaprovam a retomada presencial das aulas, enquanto 51,3% dos pais de alunos são contrários a retomada. No entanto, a maioria dos alunos de ensino médio aprova o retorno presencial às aulas: 52% são favoráveis mesmo com medo de pegar covid-19, de acordo com a pesquisa.

RETORNO SEGURO

De acordo com a Secretaria de Estado de Educação de São Paulo, as escolas devem garantir, pelo menos, distanciamento de 1 metro entre alunos, uso de máscara, higienização das mãos com álcool em gel ou água e sabão para que as turmas possam ter 100% dos alunos em sala. Caso a instituição não consiga garantir esses critérios, o número máximo de pessoas em cada sala de aula deve ser de 60% da capacidade total e fazer o sistema de revezamento de alunos. Os pais podem optar pelo retorno dos filhos ou não.

Segundo o vice-presidente estadual da Apeoesp, o professor Fábio de Moraes, as aulas presenciais já vêm acontecendo, com capacidade de no máximo 35% do total, desde fevereiro de 2021, porém, não tiveram adesão dos pais. A informação foi dada durante entrevista ao programa Meio Dia, da Educadora, nesta segunda-feira (2). “O governo não convenceu os pais de que a volta é segura, e com esse retorno, a maioria dos pais não vai enviar seus filhos às escolas”, disse o sindicalista.

Já de acordo com a dirigente regional de ensino de Limeira, Magda de Moraes, o retorno às aulas presenciais é totalmente seguro, já que as medidas de segurança estão sendo seguidas à risca e foram feitos investimentos para garantir a higiene das escolas. “Foi feito um investimento maciço, talvez o maior da história, em equipamentos de higiene nas escolas. Foram comprados totens de álcool em gel, máscaras para distribuição aos alunos e a temperatura das crianças é aferida na entrada”, afirmou, também em entrevista ao programa Meio Dia, da Educadora, desta segunda. “Além disso, as crianças estão seguindo o distanciamento de um metro de uma para a outra, na entrada, nas salas de aula, no pátio. É um ambiente seguro, podemos garantir a segurança desses alunos”, disse a dirigente.

O professor Fábio de Moraes, porém, afirmou que no primeiro dia de retorno às aulas já encaminhou denúncias de irregularidades no distanciamento à Secretaria de Educação de Limeira. “Já recebemos denúncias de escolas, que foram repassadas à Secretaria de Educação de Limeira, de salas de aula que não estão seguindo o distanciamento correto. A recomendação no Estado é de que as crianças estejam separadas em pelo menos um metro de carteira para carteira, porém, estão fazendo o distanciamento de um metro de cabeça para cabeça, isso não é correto”, disse o professor. “Em países como Estados Unidos, Alemanha, França, eles seguem o distanciamento de pelo menos um metro e meio ou dois”, completou.

*Texto: Roberto Gardinalli

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