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Água desperdiçada no Brasil poderia abastecer 30% da população

Dados sobre as perdas de água são do Instituto Trata Brasil; Limeira está entre as que conseguiram reduzir o desperdício


Por Grasiele Gerondi Publicado 01/07/2022

Um novo estudo do Instituto Trata Brasil chama a atenção para a quantidade de água perdida nos sistemas de distribuição no país. Hoje, o Brasil desperdiça o equivalente a 7,8 mil piscinas olímpicas de água tratada diariamente. Considerando apenas os 60% deste volume, que estão relacionados aos vazamentos, é uma quantidade suficiente para abastecer mais de 66 milhões de brasileiros em um ano, pouco mais de 30% da população brasileira em 2020.

O estudo “Perdas de água potável (2022, ano base 2020): desafios para disponibilidade hídrica e avanço da eficiência do saneamento básico no Brasil” revela também, que, o volume desperdiçado seria mais que suficiente para levar água aos quase 35 milhões de brasileiros que até hoje não têm acesso ao recurso, nem para lavar as mãos.

Limeira ocupa a quarta posição do ranking de Saneamento das cidades que mais evita perdas de água. Segundo a BRK, a empresa responsável pelos serviços de água e esgoto de Limeira, é realizado um trabalho contínuo para controlar as perdas do líquido.

No início da concessão, em 1995, o índice de perdas de água na cidade era de 45%. A concessionária explica que com investimentos na modernização de redes, trabalho intenso de mapeamento de áreas mais sensíveis e um corpo técnico que aplica tecnologia para identificar esses vazamentos, foi possível reduzir o índice de perdas para 19,67% (média de 2021). Outro fator que contribuiu para a redução desse índice é a troca dos hidrômetros que já tem mais de cinco anos de uso, conforme prevê o INMETRO, com o objetivo de garantir o bom funcionamento do mesmo e evitar submedição e fraudes.

Ainda de acordo com a BRK, a economia proporcionada com a redução das perdas para 19,67% foi fundamental para que Limeira enfrentasse o extenso período de estiagem do ano passado. Os 6 bilhões de litros que deixaram de ser captado dos mananciais, preservando o meio ambiente, seriam hoje, suficientes para abastecer todo o município, que possui atualmente 308 mil habitantes, por 111 dias ou quase 3,5 meses.

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