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Apeoesp denuncia suspensão dos serviços de limpeza em escolas de Limeira por falta de pagamento

Segundo o sindicato, escolas da Diretoria Regional de Ensino de Limeira estão com os serviços de limpeza suspensos


Por Redação Educadora Publicado 15/10/2021 Atualizado 16/10/2021
Foto: Roberto Gardinalli

Dois dias após o governador João Doria (PSDB) anunciar a obrigatoriedade da volta às aulas presenciais no Estado de São Paulo a partir da próxima segunda-feira (18), a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) – subsede de Limeira – se posicionou contra a decisão alegando que grande parte das escolas estaduais não têm condições estruturais para receber 100% dos alunos e citou que as escolas da Diretoria Regional de Ensino de Limeira estão com os serviços de limpeza suspensos por falta de pagamento, denúncia que, segundo o sindicato, já foi repassada à Diretoria Regional de Ensino de Limeira.

Em nota, a Apeoesp cita que a própria Secretaria Estadual de Educação assumiu que 75% das escolas estaduais (1.251 das 5.130) não têm condições estruturais para atender a decisão do governador, e que isso só mudará após o dia 3 de novembro, quando o secretário estadual de Educação, Rossiele Soares suspenderá o distanciamento nas escolas.

Na nota a Apeoesp diz ainda que o mais coerente seria manter o retorno opcional e gradativo do retorno escolar a fim de preservar alunos e profissionais da educação. “Seria cômico se não fosse trágico, pois demonstra um total desrespeito com 5.409.187 estudantes só do ensino fundamental, somando todas as redes. No Brasil, neste momento, a pandemia de covid-19 ainda mata uma média de 500 pessoas diariamente e já ultrapassamos 600 mil mortes desde o início da pandemia. Registra-se que no Estado de São Paulo ocorre 25% desse total de óbitos. O mais coerente e cuidadoso seria manter opcional e gradativo o retorno presencial, garantindo um trabalho remoto e ensino online com qualidade e estrutura para estudantes e ao mesmo tempo protocolos rígidos e seguros para os que optarem pelo presencial.”

A nota cita ainda a queda no investimento em Educação este ano e uma demanda não aceita para redução do número de alunos por sala. “Vale lembrar que em 2021, o investimento em educação caiu 6,4%, de acordo com
pesquisa realizada pelo grupo Rede Pesquisa Solidária da Universidade de São Paulo, e não foram feitas reformas estruturais nas escolas para adequá-las à nova realidade. Tampouco se avançou numa demanda da Apeoesp e da comunidade escolar, que é a redução do número de alunos por sala, cujo benefício sanitário (e pedagógico) é evidente.”

“A Apeoesp reafirma seu compromisso com a vida e com a educação e deixa explícita que tomará todas as medidas cabíveis para proteger os profissionais da educação, nossos estudantes e toda a comunidade escolar”, cita a nota.

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