Assaí demite funcionário que obrigou homem negro a se despir em Limeira
Em nota, a rede afirmou que "a empresa repudia qualquer ato que infrinja a legislação vigente e os direitos humanos. Considera o respeito como uma premissa fundamental para a boa convivência entre todos e todas"
O funcionário que obrigou um homem negro a tirar as roupas na unidade do Assaí Atacadista de Limeira, após dois seguranças desconfiarem de que ele estava furtando produtos da loja, foi demitido nesta segunda-feira (9). O caso aconteceu no último sábado (7) e, de acordo com nota enviada pela empresa, como medida imediata, foi aberta uma investigação interna para apuração do caso.
Em nota, a rede afirmou que “a empresa repudia qualquer ato que infrinja a legislação vigente e os direitos humanos. Considera o respeito como uma premissa fundamental para a boa convivência entre todos e todas”. A rede citou, ainda, que se solidariza com o cliente. De acordo com boletim de ocorrência, a vítima, um homem de 56 anos, teria ido ao mercado para fazer uma pesquisa de preços, mas decidiu não levar nada. Quando estava saindo da loja, foi abordado por dois seguranças, que teriam desconfiado de que ele estaria furtando itens à venda no local. Então, os funcionários teriam feito o homem tirar a blusa de frio e as calças que estava vestindo para provar que ele não estava furtando nada.
Após o ocorrido, o homem começou a chorar e precisou ser acalmado pelos próprios funcionários em um canto da loja. Um vídeo que registrou o momento também mostra outros clientes questionando a ação. O caso foi registrado como constrangimento por não haver provas de injúria racial, e será investigado pela Polícia Civil de Limeira.
VEJA NOTA DO ASSAÍ NA ÍNTEGRA
“A empresa se desculpa pela abordagem indevida que causou o constrangimento ao sr. Luiz Carlos na última sexta-feira na unidade de Limeira. A companhia recebeu com indignação as imagens dos vídeos e se solidariza totalmente com o cliente. Como decisão imediata, ainda no final de semana, foi aberto um processo interno de apuração, realizado o afastamento do empregado responsável pela abordagem e, hoje, concluído o seu desligamento. A companhia também entrou em contato com a família do cliente, tão logo soube do ocorrido, se desculpando e se colocando à disposição para qualquer necessidade que ele tenha. Outras providências necessárias serão tomadas tão logo a investigação estiver encerrada. O caso deixa a companhia certa de que precisa reforçar ainda mais os processos com a loja em questão e todas as demais.
A empresa repudia qualquer ato que infrinja a legislação vigente e os direitos humanos. Considera o respeito como uma premissa fundamental para a boa convivência entre todos(as). O Assaí combate a violência, a intolerância e a discriminação, sejam elas de qualquer natureza, por meio de ações de conscientização, treinamento, compromissos públicos e manuais internos com orientação para os colaboradores e rede de relacionamentos, todos baseados no código de ética e na política de direitos humanos e de diversidade. No último semestre foram realizadas mais de 24 mil horas de treinamento sobre estes temas aos funcionários. A cia reitera que não tolera abordagens que fazem qualquer juízo de valor em relação à classe social, orientação sexual, raça, gênero ou qualquer outra característica. O Assaí está ciente do seu papel e sua responsabilidade perante a sociedade, os mais de 50 mil colaboradores e milhões de clientes que passam diariamente em nossas lojas – por isso, valoriza e respeita a diversidade em todas as suas formas de expressão“.
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