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Chuva em Limeira em outubro já é 1.668% maior que em setembro, segundo dados da FT/Unicamp

No comparativo com o mês passado, o mais crítico do período de estiagem que Limeira enfrenta desde março, a cidade registrou 85 milímetros de chuvas a mais


Por Giovanna Rovari Publicado 20/10/2021
Foto: Roberto Gardinalli

Faltando ainda 10 dias para o fim do mês, outubro registra um aumento de 1.668% de chuvas em Limeira, se comparado ao mês passado. No comparativo com o mês passado, o mais crítico do período de estiagem que Limeira enfrenta desde março, a cidade registrou 85 milímetros de chuvas a mais. Os dados são da FT/Unicamp e levam em consideração o volume de chuvas até o dia 20 de outubro, às 15h.

Em setembro choveu durante todo o mês 5,1 milímetros. O dia com mais chuvas no mês passado foi dia 10, onde foram registrados 3 milímetros. Já neste mês, até esta quarta-feira (20), já tinha chovido 90,2 milímetros na cidade. O maior índice foi registrado no dia 18, com 23,9 milímetros.

Apesar do aumento considerável no volume de chuva, o risco de racionamento no fornecimento de água ainda existe. Desde o início de outubro, a Guarda Civil Municipal (GCM) está autorizada a fazer autuações e aplicar multas para as pessoas que estejam desperdiçando água.

MANANCIAIS

De acordo com a BRK Ambiental, as recentes chuvas que atingiram Limeira contribuíram para que a vazão do Rio Jaguari e do Ribeirão do Pinhal aumentasse, aliviando os efeitos da estiagem na cidade. Segundo a concessionária, o Rio Jaguari chegou a ter uma vazão inferior a 1 metro cúbico por segundo (m³/s), mínimo necessário para que a captação de água seja feita. Agora, o volume aumentou para 10m³/s. Já o Ribeirão do Pinhal, que precisou do auxílio da represa Salto do Lobo, uma reserva de água estratégica adotada mediante decreto municipal, está com 80% de sua capacidade. O mínimo necessário para captação é de 60% da capacidade.

De acordo com o gerente de operações da BRK Ambiental, Rodrigo Lima, a recuperação total dos mananciais de captação depende da necessidade de recarga do lençol freático, o que só vai acontecer depois que o solo umedecer e a vegetação se hidratar. “Quanto mais seco o solo estiver, maior o volume necessário de água infiltrada para saturar, ou seja, para encharcar o solo de modo que o excedente infiltre e atinja as camadas inferiores do subsolo”, cita o gerente por meio de nota.

Para que a bacia do ribeirão Pinhal, que é composta por represas locais, se recupere, a recarga completa acontecerá a partir do momento em que o índice pluviométrico atingir a média de um acumulada de 866 milímetros. Neste ano, no entanto, o volume acumulado até setembro foi de 595 milímetros – o menor volume de chuvas registrado desde a crise hídrica de 2014 e 31% abaixo da média histórica da cidade. No último mês de setembro, o índice pluviométrico registrado em Limeira foi de apenas 5 milímetros, ou seja, 90% abaixo do volume registrado no mesmo mês em 2014, quando foram contabilizados 50 milímetros.

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