‘É preciso ter cautela neste momento’, diz infectologista sobre variante ômicron
Outro ponto comentado pela infectologista, foi o anúncio feito pelo governo estadual sobre a desobrigação do uso de máscaras ao ar livre a partir de dezembro
A infectologista Raquel Stucchi, da Unicamp, falou, durante entrevista ao programa Meio Dia, da Educadora, nesta segunda-feira (29), sobre as preocupações com relação à variante ômicron da covid-19, que é caracterizada pelo alto número de mutações que podem facilitar a entrada do vírus nas células do corpo humano. “Essa variante tem uma quantidade muito grande de mutações no local por onde o vírus entra em nossa célula. Essas mutações já foram identificadas, mas não sabemos ainda o que tudo isso pode causar, de início, apenas de que é mais transmissível. Precisamos aguardar alguns dias, porque conhecemos a nova variante na quinta-feira (25), então leva-se alguns dias para avaliar os impactos. ”
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Sobre festas de fim de ano, carnavais e grandes eventos, a especialista destacou que é preciso ter cautela. “Essas festas trazem muitos turistas, tanto nossos, quanto de outros países. Nossa vacinação está muito avançada, mas longe de um índice que nos de garantias”, destacou.
Outro ponto comentado pela infectologista, foi o anúncio feito pelo governo estadual sobre a desobrigação do uso de máscaras ao ar livre a partir de dezembro. “As máscaras ao ar livre sem aglomeração nunca foram totalmente necessárias, então a não ser que o cenário com a nova variante mude totalmente, todos esses anúncios sobre obrigatoriedade ou não da máscara é muito confuso para a população. Esse tipo de alarde, na minha opinião, é um desserviço”, explicou Raquel.
NOVA VARIANTE
Chamada de ômicron, a nova variante da covid-19 foi detectada pela primeira vez na África do Sul, e no último dia 26 de novembro, foi considerada uma “variante de preocupação” pela Organização Mundial da Saúde. A principal característica da mutação do vírus da covid é a alta quantidade de mutações – pesquisadores já identificaram pelo menos 50, sendo que 30 estão na chamada proteína “spike”, que é a “chave” que o vírus usa para entrar nas células humanas e alvo das vacinas contra a covid-19.
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