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Em ofício a prefeito e vereadores, USTL critica repasse à Sancetur

O repasse foi justificado pelo Executivo como compensação pelas perdas financeiras, decorrentes da pandemia do coronavírus


Por Redação Educadora Publicado 01/12/2021
Foto: Divulgação/USTL

A USTL (União Sindical dos Trabalhadores de Limeira) enviou ofício ao prefeito Mário Botion e aos 21 vereadores de Limeira, manifestando “profunda contrariedade” sobre o repasse de R$ 5,5 milhões do Orçamento Municipal à empresa Sancetur, concessionária do transporte coletivo. O repasse foi justificado pelo Executivo como compensação pelas perdas financeiras, decorrentes da pandemia do coronavírus.

“A USTL rejeita em primeiro lugar o envio e aprovação em regime de urgência especial. Envio deplorável pela Prefeitura Municipal, e aprovação deplorável pela Câmara Municipal”, assinalou no ofício o presidente da entidade, Artur Bueno Júnior. A entidade já havia criticado o instrumento anteriormente, “como alternativa antidemocrática e inimiga da transparência”.

“A USTL lamenta que uma empresa concessionária receba tratamento especial perante a sociedade, toda ela sofredora das mazelas da pandemia do coronavírus. Enquanto a Sancetur já recebeu transferências extraordinárias num volume de R$ 17,5 milhões (somando o outro repasse de julho), empresários que precisaram fechar suas portas durante o auge da pandemia padecem de contas atrasadas, e do difícil reequilíbrio econômico”, prosseguiu Artur, citando que esses empreendedores não tiveram qualquer amparo por parte do Poder Público municipal.

Outro ponto destacado no ofício foi a justificativa dada pela Prefeitura, sobre a fonte de recursos para o repasse –seriam sobras do valor gasto com transporte escolar, economizado com a pandemia.  “Ora, então se há dinheiro em caixa, não teríamos outras prioridades? Na área da Educação mesmo, temos escolas necessitando urgentemente de melhorias, e profissionais da Educação em franca reivindicação por melhores salários”, questionou o presidente da USTL.

Artur Bueno Júnior lembrou que os servidores do município amargam o segundo ano consecutivo sem qualquer reajuste salarial, enquanto a inflação galopa. “Falta de transparência, falta de democracia. Falta de prioridade, e indício claro de favorecimento de uma empresa privada. É o que fica desta trágica experiência, lamentável de todas as formas”, finaliza o ofício da União Sindical.

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