Hapvida presta esclarecimentos a vereadores, nega kit covid e diz que vai melhorar atendimento
Representantes da Hapvida foram sabatinados pela Comissão de Saúde e disseram que Limeira será polo regional de atendimento
Representantes da operadora de saúde Hapvida, que adquiriu a Medical de Limeira há um ano, participaram da reunião da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadoresnesta quinta-feira (21), para falar sobre reclamações dos serviços disponibilizados aos usuários do plano e sobre o tratamento por meio do chamado kit covid.
A reunião teve a presença dos vereadores Everton Ferreira (PSD), presidente do colegiado; Lu Bogo (PL), vice-presidente; e Marco Xavier (Cidadania), secretário. Também participaram os vereadores Dr. Júlio (DEM), Terezinha da Santa Casa (PL), Isabelly Carvalho (PL) e Waguinho da Santa Luzia (Cidadania), além de assessores parlamentares. Em nome da Hapvida, estiveram presentes o diretor de Operações – Sul/Sudeste, Antonio Claudio Gregoratto, o vice-presidente de Integração, Heraldo Silva, e o vice-presidente Comercial, Lício Cintra.
Sobre os problemas no atendimento, os dirigentes da empresa reconheceram dificuldades por causa da transição entre o sistema da Medical e da Hapvida. “Esse momento de integração é sempre muito delicado. Nosso papel é transformar esse momento de transição em um momento menos traumático possível”, afirmou Heraldo Silva. Ele admitiu também que algumas questões precisam ser alinhadas. Já Gregoratto garantiu que a Hapvida está focada em melhorar o tempo de atendimento e a liberação de cirurgias, além de oferecer um serviço mais qualificado para um público exigente. “Sabemos que precisamos melhorar principalmente nos agendamentos”, disse. “Existe um processo de adaptação do sistema que não é simples, muitas vezes tem que conviver com dois sistemas. Tem todo empenho para que a gente faça o projeto dar certo”, reforçou Lício Cintra.
A empresa sugeriu nomear um profissional para manter uma linha direta com a Câmara, a fim de receber denúncias, reclamações e sugestões. O objetivo, segundo Gregoratto, não é resolver problemas pontuais, mas apresentar soluções para o tema. Os diretores também se comprometeram a enviar relatórios para a Comissão sobre os atendimentos e exames. “Vamos acompanhar essa transição de forma muito próxima, apresentando eventuais situações que não deram certo”, afirmou o vereador Marco Xavier.
Um ponto levantado pelos vereadores foi o descredenciamento de profissionais de saúde. Os representantes da operadora informaram que quatro cooperados deixaram a empresa e de cinco a seis profissionais foram descredenciados.
Algumas questões levantadas pelos parlamentares ficaram sem respostas, como a pergunta feita pela vereadora Lu Bogo sobre o atendimento para exames de mamografia, em razão do Outubro Rosa, e a questão do vereador Dr. Júlio sobre os honorários médicos.
KIT COVID
Sobre a prescrição do kit covid, os diretores declararam que não obrigaram os profissionais a adotarem uma coleção de medicamentos durante a pandemia. “A Medical nunca obrigou nenhum médico a prescrever kit covid, defendemos a autonomia médica”, disse. Em relação ao tratamento pós-covid, foi informado que a operadora oferece terapias na área de pneumologia e fisioterapia.
De acordo com o presidente da Comissão, vereador Everton Ferreira, a reunião foi importante para começar a esclarecer a situação do plano de saúde na cidade. “A reunião foi muito esclarecedora, os vereadores fizeram diversos questionamentos acerca das denúncias, dos protocolos e do atendimento dos usuários, em especial, dos funcionários que utilizam esse plano”, avaliou.
Segundo Everton, o próximo passo do colegiado será receber os relatórios técnicos da empresa e promover um estudo nos documentos para, posteriormente, adotar novas medidas. “Avançaremos ainda mais com esses procedimentos”, disse.
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