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Juiz que usou nome falso por 45 anos atuou em Limeira

Ele foi denunciado pelo MP por falsidade ideológica


Por Nani Camargo Publicado 06/04/2025
juiz que usou nome falso atuou em Limeira

O Juiz que usou nome falso por 45 anos – e que foi denunciado pelo Ministério Público – teria atuado em Limeira (SP) em 1995.

A Educadora teve acesso a uma publicação do Tribunal de Justiça de São Paulo de 20 de dezembro de 1995 onde Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield foi nomeado para a Comarca de Limeira como juiz-substituto.

Edward Wickfield, no entanto, é um nome falso. Seu verdadeiro é José Eduardo Franco dos Reis – descoberto após 40 anos, quando ele foi tentar tirar um documento no Poupatempo de São Paulo em outubro de 2024.

Abaixo, veja a nomeação do magistrado para atuar em Limeira, em 1995. Não se sabe por quando tempo ficou na cidade, mas juízes ouvidos pela Educadora confirmaram a passagem do servidor pelo Fórum local.

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juiz que usou nome falso atuou em Limeira (2)

José Eduardo Franco dos Reis estudou Direito na Universidade de São Paulo (USP) em 1980, se formou em 1992 e se aposentou em 2018.

Atuou em várias comarcas do Estado. A suspeita contra ele surgiu no dia 3 de outubro de 2024, quando o magistrado compareceu ao Poupatempo para solicitar a segunda via do RG, afirmando ser Edward Wickfield.

Na ocasião, ele apresentou uma certidão de nascimento falsificada com o nome de origem inglesa. Ao colher as digitais do juiz, o sistema do Poupatempo apontou um outro nome no sistema, o seu original de batismo.

A Polícia e o Ministério Público foram acionados, uma investigação aberta e a conclusão: o juiz atuou toda sua vida no Judiciário com o nome falso. O motivo ainda é mistério.

Ele foi denunciado pelo MP por falsidade ideológica.

Segundo o Portal Metrópoles, o juiz aposentado teve vencimento bruto no valor de R$ 166.413,94 em fevereiro deste ano.

O valor considera gratificações, indenizações e outras vantagens. O rendimento líquido fica em R$ 143.290,55.

Na última sexta-feira (4/4), o TJSP suspendeu pagamentos de qualquer natureza a José Eduardo.

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