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Levantamento aponta situação de “alerta” para dengue em Limeira

O índice consta de levantamento realizado em janeiro, e divulgado agora, pela Divisão de Controle de Zoonoses - departamento da prefeitura responsável pelo controle do Aedes aegypt


Por Giovanna Rovari Publicado 07/03/2023
Levantamento aponta situação de “alerta” para dengue em Limeira
Foto: Prefeitura de Limeira

O excesso de chuvas e a presença de recipientes em locais descobertos são fatores determinantes para o aumento risco de dengue em Limeira. Atualmente, o Índice de Infestação Predial do município é de 1,6, o que configura situação de alerta, conforme os parâmetros dos Ministério da Saúde (MS).

O índice consta de levantamento realizado em janeiro, e divulgado agora, pela Divisão de Controle de Zoonoses – departamento da prefeitura responsável pelo controle do Aedes aegypti. A pesquisa envolveu 4.839 imóveis na cidade.

De acordo com o MS, índices abaixo de 1 indicam cenário “satisfatório” para a dengue. Entre 1 a 3,9, a situação é classificada como “alerta”, enquanto números superiores a 3,9 configuram quadro de “risco” para os casos de dengue. Em outubro do ano passado, o mesmo levantamento apontou índice de 0,7.

No entanto, no comparativo com o mesmo período dos dois últimos anos, o cenário manteve-se estável. Tanto em janeiro de 2022, quanto em janeiro de 2001, o estudo apurou índices idênticos, de 1,6.

A gerente da Divisão, Pedrina Costa, ressalta que 78,3% dos 1.553 recipientes encontrados nos imóveis eram propensos à formação de criadouros. Por outro lado, ela observa que esse risco poderia ser evitado, considerando-se que 68,4% desses objetos eram móveis, como garrafas e vasos, e poderiam ser guardados em locais cobertos.

Ainda sobre o total de recipientes, Pedrina informa que 1.216 apresentavam água (78,3%), e destes, 102 abrigavam larvas do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya (8,3%).

Dentre os criadouros positivos para larvas do mosquito, ela cita os mais comuns, são eles: vasos de plantas aquáticas (com 18 ocorrências), vasos de plantas (com 14 registros) e baldes ou regadores (com 13 apontamentos).

Para o mapeamento, o município foi dividido em oito áreas. Dessas oito regiões, apenas duas foram classificadas como satisfatórias, dos bairros Alto dos Laranjais, Anhanguera, Colinas de São João e Parque dos Sabiás, com índice 0,98, e dos bairros Real Parque, San Marino, Santa Cecília, Cidade Jardim, Jd. Montezuma e Vila Cristovam, com índice 0,84.

“Todas as demais áreas da cidade enquadram-se na categoria de alerta”, enfatiza Pedrina. A situação mais crítica situa-se entre os bairros Jd. Alvorada, Barão de Limeira, Vila Labak e Jd. Presidente Dutra, em que o índice chegou a 2,76.

RECOMENDAÇÕES

Há, no momento, 19 casos confirmados de dengue na cidade e outros 222 em investigação. Dentre as recomendações para prevenir a incidência da doença, o assessor executivo da Secretaria de Saúde, Alexandre Ferrari, reforça a importância de vistoriar e eliminar potenciais criadouros do mosquito nas residências, pelo menos, uma vez por semana; descartar todo material ou objeto que não esteja em uso e que possa acumular água; e guardar em local seco e coberto, utensílios que possam reter a água da chuva.

“A população deve ter atenção especial aos vasos, sobretudo com plantas aquáticas, e aos baldes, que muitas vezes são deixados no quintal e acabam servindo de criadouros do mosquito”, comenta Ferrari.

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