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Limeirense que joga na Ucrânia volta para casa e conta como fugiu da guerra

Jovem jogador de futebol conseguiu fugir dos bombardeios viajando por várias horas de trem até chegar à Eslováquia, onde foi abrigado por um barbarense, ligado à embaixada brasileira


Por Ana Paula Rosa Publicado 05/03/2022

O jogador de futebol limeirense, Wendell Ramos, de 20 anos, que atua no FC Volchansk, na Ucrânia, passou momentos de terror ao fugir da guerra no país, que está sob ataque Russo desde o dia 24 de fevereiro. O objetivo era voltar o mais rápido possível para a casa, em Limeira, para abraçar a família, o que aconteceu nesta sexta-feira (5).

O jovem atleta conseguiu fugir dos bombardeios viajando por várias horas de trem até chegar à Eslováquia, onde foi abrigado por um barbarense, ligado à embaixada brasileira. No momento da gravação desta reportagem, na quarta-feira (2), o rapaz ainda buscava recursos para retornar. No entanto, o problema foi resolvido e ele já está em casa.

A HISTÓRIA

Wendell contou, em entrevista ao repórter Carlos Gomide, que chegou em julho de 2021 na Ucrânia, para realizar o sonho de uma carreira internacional como jogador de futebol. O desempenho do jovem, que jogava há três anos e meio no XV de Piracicaba, chamou a atenção de um empresário, que arrumou uma vaga para o atleta no FC Volchansk, clube da cidade ucraniana de Kharkiv. Porém, o que Wendell não imaginava é que durante o que ele considerava ser a maior experiência profissional da vida, teria de enfrentar uma guerra.

Wendell conta que, após alguns meses atuando pelo clube, foi informado que uma guerra poderia acontecer a qualquer momento, pois a Rússia estava prestes a atacar o território Ucraniano. Após isso, não deu tempo nem de comprar as passagens de avião, pois os aeroportos se fecharam. “Precisamos dormir dois dias em um bunker de cimento, embaixo do prédio onde estávamos em Kharkiv, pois soubemos que já haviam explosões em Kiev, e como onde estávamos era a segunda maior cidade do país, corríamos perigo. Tanto eu, quanto meus colegas de time, corríamos risco de morrer”, lembrou. Veja mais na reportagem de Carlos Gomide.

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