Locação de imóveis cresce 201,43% e vendas caem 10,59% em Limeira e região
Balanço aponta que as casas e apartamentos mais alugados em setembro foram os de aluguel mensal de até R$ 1 mil
A locação de imóveis residenciais em Limeira e outras 11 cidades da região cresceu 201,43% em setembro de 2021, recuperando-se da queda de 35,08% registrada em agosto. As vendas de imóveis usados, no entanto, caíram 10,59% no mesmo período. As informações são dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP).
De acordo com o balanço, as casas e apartamentos mais alugados em setembro foram os de aluguel mensal de até R$ 1 mil, com 58,83% do total, e situados em bairros da periferia dessas cidades, onde estão 57,89% deles. Outros 31,58% são de bairros centrais e 10,53% de bairros nobres.
“A recuperação do mercado em setembro se deu pela base e não pelo teto”, explica o presidente do CreciSP, José Augusto Viana Neto, ao destacar o aumento do número de locações na faixa dos aluguéis de R$ 501 a R$ 750. A participação desses imóveis no conjunto de novas locações cresceu de 38,46% em agosto para 41,18% em setembro, única expansão entre as 11 faixas de valor da pesquisa.
PIB
Muitas cidades do interior de São Paulo têm grande participação da indústria na geração de seu PIB, como Limeira (31%), Rio Claro (32,5%), Piracicaba (29%), Capivari (33%), e é a indústria um dos setores da economia mais afetados pela retração provocada pela pandemia de coronavírus. “Mesmo quem continua empregado com carteira assinada não quer se arriscar e comprometer mais sua renda neste momento, especialmente com o aluguel”, pondera Viana Neto.
A busca pelo aluguel mais barato em setembro, ainda, levou a maioria dos novos inquilinos a preferir as casas (72,73%) aos apartamentos (27,27%) pelas vantagens comparativas que detêm, como o espaço utilizável – 27,27% delas têm área útil entre 101 e 200 metros quadrados contra 16,67% dos apartamentos, além de não terem taxa de condomínio.
Já quanto as casas mais alugadas pelas 50 imobiliárias consultadas, o resultado apontou as de 2 e 3 dormitórios (36,36% cada). As de 1 dormitório somaram 27,27% do total. A maioria tem uma vaga de garagem (54,55%) e as restantes contam com duas vagas (36,36%) ou apenas uma (9%).
No caso dos apartamentos, a distribuição foi igualitária entre os de 1, 2 e 3 dormitórios, com 33,33% para cada um no total de imóveis alugados. Os que têm uma vaga de garagem são 66,67% e os com duas vagas, 33,33%. A maioria desses apartamentos e casas (65,63%) é do padrão construtivo médio, segundo a pesquisa.
QUEDA DAS VENDAS
As vendas de imóveis usados, por sua vez, caíram 10,59% no mesmo período. Os bancos financiaram a compra de 66,67% dessas residências e os proprietários parcelaram o pagamento de outras 22,22%. Os 11,11% restantes foram vendidos com pagamento à vista.
Mais da metade dos imóveis vendidos – 63,64% – custou aos compradores até R$ 200 mil e 75% deles são de bairros de periferia desses municípios. Em bairros das regiões centrais estão 15,63% das unidades vendidas e em bairros das áreas centrais, 9,38%.
Preço menor, padrão construtivo mais simples: 65,22% das casas e apartamentos que as imobiliárias e corretores venderam são do padrão standard, 30,43% do padrão médio e apenas 4,35% do padrão luxo.
Participaram da pesquisa CreciSP, 50 imobiliárias e corretores das seguintes cidades, além de Limeira: Aguaí, Araras, Capivari, Charqueada, Elias Fausto, Laranjal Paulista, Leme, Piracicaba, Rio Claro, Santa Cruz da Conceição e Santa Gertrudes.
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