‘Não vai resolver o problema nesse momento’, diz Botion sobre lockdown

O prefeito de Limeira, Mario Botion (PSD), disse em entrevista ao programa Meio Dia, da Educadora, desta quarta-feira (24), que lockdown neste momento “não vai resolver o problema”, já que a medida deveria ter sido tomada antes pelo governo estadual. “No nosso entendimento, o lockdown deveria ter sido feito quando o governador determinou a fase vermelha. Ele deveria ter determinado um lockdown, aí sim, um lockdown geral, com regramento definitivo e igual para todo mundo”, argumentou Botion. “Nós tivemos uma reunião com os prefeitos da região e parte deles disse que fariam medidas mais restritivas. Nós [Limeira], Cordeirópolis, Iracemápolis, Engenheiro Coelho, conversamos a respeito de continuar lutando para que a fase emergencial seja cumprida. Se ela for cumprida, já está de bom tamanho. O problema é que nem a fase emergencial está sendo cumprida”, afirmou o prefeito.

Uma reunião de urgência do comitê técnico – que envolveu o prefeito e o secretário de Saúde, Vitor Santos – foi convocada na tarde da última terça-feira (23) para discutir um possível fechamento da cidade, na tentativa de conter o avanço da covid-19. No entanto, a equipe decidiu, por três votos a dois, por não adotar o lockdown no município. Conforme apurou a Educadora, os médicos integrantes do grupo justificaram a decisão dizendo que a a medida deve ser tomada de forma regional para que tenha o efeito desejado.

Botion ainda afirmou na entrevista que o fechamento geral das cidades nesse momento não resolveria o problema, já que as pessoas em casa não teriam os mesmos cuidados que têm quando estão no trabalho, por exemplo. “O lockdown nesse momento não vai resolver o problema da contaminação. Ao nosso entendimento, nós não vamos aderir ao lockdown, como fizeram cidades da região, porque, quem está dentro da indústria, minimamente está trabalhando de maneira organizada. Quem está dentro do comércio, também está trabalhando com os devidos cuidados. Se faz o lockdown, as pessoas vão para as suas casas e não vão ter os mesmos cuidados que estão tendo dentro das empresas”, afirmou.

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