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Número de cirurgias plásticas no Brasil abre espaço para debate sobre insatisfação com a aparência

Psicóloga Eliana Ferrarez, de Limeira, afirma que busca por padrões de beleza inatingíveis é arriscado para a saúde mental das mulheres


Por Redação Educadora Publicado 24/02/2022
Número de cirurgias plásticas no Brasil abre espaço para debate sobre insatisfação com a aparência
Foto: Pexels

Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica mostram que, com aproximadamente 1,5 milhão de cirurgias plásticas por ano, o Brasil ultrapassa países como Estados Unidos e México. Além disso, os números apontam que, em dados de dez anos, o número de procedimentos estéticos realizados por jovens de idade entre 13 e 18 anos aumentou 140%.

Para a psicóloga Eliana Ferrarez, os dados mostram que as mulheres têm se sentido menos satisfeitas com a própria imagem, e que há a necessidade de começar, o quanto antes, a construir uma forma assertiva e positiva de olhar para si mesma. “Para que não se deixe definir pelos padrões estabelecidos e ditados pela sociedade é fundamental ter consciência do valor pessoal, do que de fato é valor para você e ainda qual tipo de critérios utiliza para o estabelecimento de sua própria noção de valor”, destaca.

A psicóloga explica que a mulher precisa se dispor, também, a olhar para dentro de si mesma para se reconhecer, e, assim, evitar frustrações relacionadas a padrões de beleza inatingíveis, que são impostas pela sociedade. “Este tipo de funcionamento favorece comportamentos depressivos que reforçam ainda mais a sensação de falta de valor”, esclarece. “A ideia de identificar e definir um padrão universal de valor é uma verdadeira ilusão, que pode ser muito frustrante e prejudicial a sua autoestima. O valor humano deve ser uma construção única e pessoal, sem certo ou errado, sendo impossível determiná-la”, finaliza.

No entanto, o resultado de todo esse conjunto de esforços não é conquistado em pouco tempo. É um trabalho diário que exige coragem para mergulhar dentro de si e romper com crenças. “Precisamos ter em mente que o nosso valor é como o sol. Ele continua brilhando mesmo que não apareça. Ninguém pode impedi-lo de brilhar, você apenas pode se deixar ficar na sombra permitindo que o seu crítico patológico traga à tona pensamentos confusos. Por isso, a dica é que sinta o seu verdadeiro valor por ser quem é, por estar aqui e agora como você”, diz a psicóloga Eliana Ferrarez.

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