Polícia aguarda auditoria da Santa Casa para concluir inquérito de furto de vacinas
Após sumiço de 40 doses, a Delegacia de Investigações Gerais de Limeira pediu ao hospital e à Vigilância Epidemiológica cópias das fichas de vacinação dos funcionários que foram imunizados
A Delegacia de Investigações Gerais de Limeira (DIG) aguarda auditoria da Santa Casa e da Vigilância Epidemiológica para concluir o inquérito sobre o possível furto de vacinas contra a covid-19 no hospital. A investigação, que já dura mais de um mês, apura se houve erro na contagem das doses, falhas no controle de aplicação das vacinas ou, de fato, ação criminosa. Segundo a Polícia Civil, a conclusão do inquérito depende do resultado da auditoria, que levantará as fichas de vacinação dos funcionários que receberam as doses. Os documentos devem informar quem tomou as vacinas, quais as datas de aplicação e quantas doses foram ministradas pelo hospital. Cada ficha tem duas vias: uma para controle do hospital e a outra, para controle da Vigilância Sanitária.
Como mostrou a Educadora, as investigações começaram no final de fevereiro. Ainda de acordo com a Polícia Civil, funcionários da Santa Casa envolvidos diretamente no recebimento e aplicação das vacinas já prestaram depoimento à DIG, bem como representantes da Prefeitura de Limeira, que realizou a entrega das doses ao hospital. Nenhuma das testemunhas confirmou se houve erro na contagem. O inquérito policial não tem prazo para ser encerrado.
DENÚNCIA
O caso veio à tona após uma funcionária do próprio hospital registrar um boletim de ocorrência informando o sumiço de 40 doses do imunizante. Conforme a Educadora mostrou no final de fevereiro, a queixa foi dada logo depois que a equipe percebeu a falta das doses.
De acordo com o boletim de ocorrência, registrado no 1º DP (Distrito Policial) no dia 18 de fevereiro, as doses ficavam em uma sala reservada do hospital, com acesso liberado apenas para farmacêuticos. As vacinas teriam sido guardadas ali após serem retiradas na Vigilância Epidemiológica. As responsáveis pelo armazenamento do imunizante teriam registrado a saída de um número de doses do prédio da Prefeitura, mas, dias depois perceberam a falta de 40 doses. A Santa Casa informou à época que estava realizando uma auditoria interna para saber o que aconteceu.
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