Servidor relata ameaças de suposto chefe do esquema do IPTU dentro da Prefeitura
Além disso, também disse que Maicon sempre recebia pessoas na mesa dele e a presença do servidor Samuel Andrade de Souza era constante
O servidor municipal Bruno Augusto Bonin relatou as ameaças que eram feitas pelo ex-servidor Maicon Douglas Araújo, quando era chefe do departamento de Dívida Ativa da Prefeitura e é o suposto chefe do esquema de fraudes no IPTU. Os relatos estão sendo feitos durante o depoimento dele à CPI que investiga as fraudes no IPTU, na manhã desta sexta-feira (26).
Segundo o servidor, Maicon sempre falava no setor que quem tentasse prejudica-lo, que ele “quebraria as pernas ou mandaria dar um tiro na cara”. Mas, o estopim para Bruno foi quando ele ameaçou a filha do servidor.
Bruno contou que em janeiro deste ano, ele comentou com o Maicon que a filha dele foi morar com ele e que se atrasasse para chegar ao serviço, era devido à adaptação aos horários da filha.
Dois dias depois, Maicon teria levantado da mesa e falou para dois servidores que se ele fosse prejudicado, “uma pessoa que abre muito a boca, alguém poderia ir cobra-lo em casa e se não tivesse, poderia matar a filha dele.” A situação teria incomodado o servidor e ele decidiu subir até a sala do secretário de Fazenda, José Aparecido Vidotti, e relatar o que estava acontecendo.
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Bruno também relatou que desconfia que o Maicon soube que ele foi falar com o secretário sobre as ameaças e, então, chegou na mesa do servidor e disse que “um cara tinha pedido R$ 20 mil para dar um fim no secretário”. Ele tinha dito ainda que teria R$ 16 mil e chegou a pedir R$ 4 mil emprestado para Bruno para encomendar a morte de Vidotti. Bruno, então, teria questionado se ele era louco de falar aquilo no setor e Maicon teria respondido que não estava se importando.
VISITAS AO MAICON NA PREFEITURA
Segundo o servidor, Maicon tinha acesso à lista com dados dos devedores do município e, todos os dias entrava em contato com eles, aleatoriamente. Além disso, os servidores percebiam que todos os dias, pessoas iam ao setor para falar com Maicon.
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Ele ainda contou aos vereadores que Samuel ia frequentemente ao setor conversar e tomar café com Maicon. Outro que também tinha presença constante era um servidor aposentado, conhecido pelo apelido de Caicá, e que, hoje, está preso também pela Operação Parasitas.
Sobre Jorge de Freitas, Bruno disse que Maicon falava de assuntos políticos do vereador e oferecia vantagens aos servidores, dizendo que ele seria o diretor do setor e poderia ajudar quem ficasse do lado dele.
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