Servidores de Limeira entram em estado de greve e pedem suspensão de aulas presenciais

O Sindsel (Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira) protocolou na tarde de desta quarta-feira (14) um comunicado de “estado de greve”. A partir de 72 horas poderá ser deflagrada greve nos órgãos da administração pública direta e indireta (autarquias) de Limeira, caso não seja apresentada proposta que atenda às reivindicações da categoria, além da suspensão das aulas presenciais no município. A informação é da assessoria de imprensa do sindicato.

“A medida foi tomada após o prefeito Mario Botion (PSD) não cumprir o acordo assinado e encerrar as negociações salariais com a entidade, além de declarar que as aulas terão retorno no dia 19 de abril, em meio à pandemia”, cita nota. “Nossa data-base é 1º de março, e após apresentarmos a pauta de reivindicações, o governo municipal se recusou a atendê-las. Também nos preocupamos com a volta às aulas presenciais, o que coloca em risco toda a população, sobrecarregando ainda mais o sistema de saúde e aumentando o colapso existente no momento. Então, declaramos estado de greve”, comunica Silvana Arado, diretora coordenadora do Sindsel.

As principais demandas dos servidores na Campanha Salarial 2021 são: pagamento do reajuste de 4% acordado e assinado no dissídio de 2020 para todos; aplicar o índice IPCA para todos após efetuar o reajuste salarial de 4%; reajustar o vale alimentação de R$350,00 para R$ 474 (a base de cálculo foi o índice inflacionário da cesta básica) e que ele seja estendido a todos os trabalhadores do serviço público de Limeira.

Convém lembrar que quando o prefeito Mario Botion se candidatou, ele afirmou que reposições inflacionárias em seu governo não se discutiriam, pois seria seu compromisso aplicar o reajuste. E o que o Sindsel solicita é apenas a inflação do período. “Agradecemos à população de Limeira pela compreensão e apoio neste momento. Convidamos todos a se unirem a nós na defesa por melhores condições de trabalho para os servidores públicos de nossa cidade, e também da vida”, finaliza Silvana Arado.

O sindicato também informa que na sexta-feira (16), às 17h, será feita assembleia para tomada de decisão.

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