Servidores municipais de Limeira declaram greve
Segundo Sindsel, paralisação está marcada para a próxima sexta-feira, dia 23 de abril
Após assembleia virtual realizada na sexta-feira (16), os servidores públicos municipais de Limeira optaram por declarar greve a partir do dia 23 de abril – na próxima sexta-feira. A decisão foi tomada após deliberação entre os trabalhadores e o Sindsel (Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira).
O sindicato também realiza protestos virtuais junto aos servidores que aderem à campanha “minha vida também é essencial”. Segundo nota enviada a imprensa, a direção do sindicato também tem percorrido os locais de trabalho e conversando com os servidores sobre a importância de participarem da paralização agendada para sexta-feira.
Ainda conforme a nota do Sindsel, o prefeito Mario Botion (PSD) não teria cumprido o acordo assinado em 2020, encerrado as negociações com a entidade e determinado o retorno das aulas presenciais no município, por isso, o sindicato havia declarado “estado de greve”. Aapós isso, a Prefeitura teve 72 horas para apresentar suas propostas aos servidores, o que não teria acontecido.
“Nos últimos dois anos Botion tem tratado o funcionalismo com muito descaso, seguindo a política bolsonarista de retirada de direitos e demonização do serviço público. Basta de desvalorização. Esses trabalhadores têm direitos e lutaremos por eles”, disse a diretora coordenadora do Sindsel, Silvana Arado.
A declaração dada pelo secretário de educação anunciando a volta às aulas presenciais para o dia 19 de abril também causou preocupação entre os servidores e sindicalistas.
“Vivemos um momento de colapso na saúde pública devido à crise do coronavírus. Nossa cidade já perdeu 600 vidas para essa doença e a taxa de ocupação dos leitos clínicos está em 100%. Nesse cenário, é realmente possível decretar o retorno dos estudantes às aulas presenciais?”, questionou Silvana Arado.
Na nota o sindicato reforçou que solicita apenas a correção da inflação, o que é permitido pela LC 173/2020 – conforme explicado pelo advogado Vinícius Cascone, na assembleia promovida pela entidade.
“A greve é um recurso extremo, mas necessário quando os trabalhadores são injustiçados. Esperamos que com ela Botion tenha bom senso e negocie de verdade conosco, para que assim possamos voltar às nossas funções e continuarmos prestando um serviço de qualidade à população”, comentou a sindicalista.
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