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Três semanas após retorno presencial, 88,5% dos alunos da rede municipal de Limeira seguem remotos

Apeoesp classificou como 'sensata' a escolha dos pais por manter estudantes no ensino remoto


Por Redação Educadora Publicado 13/05/2021
Foto: Roberto Gardinalli

Um relatório feito pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), divulgado nesta quinta-feira (13), mostra que, após três semanas do retorno presencial às aulas, 88,5% dos alunos das escolas da rede municipal de Limeira optaram por manter o ensino remoto. De acordo com o sindicato, os dados foram coletados por representantes de 21 escolas municipais de diferentes regiões da cidade e modalidades. Os nomes das escolas não foram divulgados. Os dados da rede estadual devem ser divulgados nos próximos dias.

De acordo com o sindicato, a escolha dos pais de manter os filhos em ensino remoto é sensata e a frequência presencial dos alunos não justifica o “investimento pedagógico que está sendo feito para o atendimento de pequena porcentagem de alunos, em detrimento daqueles que permanecem em ensino remoto”. “O professor ocupa 80% do seu tempo para atender presencialmente uma parcela de seus alunos e apenas 20% do tempo é destinado ao atendimento da maioria deles, que estão em ensino remoto”, afirma o sindicato no relatório.

“Nesses apenas 20% de seu tempo, o professor tem que atender seus alunos via mídias sociais, preparar atividades, gravar vídeos, orientar famílias na realização das atividades. Isso tudo sem estrutura adequada de tecnologia, utilizando-se, na maioria das vezes, de seus próprios meios, como notebook, celular e sinal de internet”. Além disso, o relatório da Apeoesp aponta que as condições de trabalho mostram “falta de planejamento eficaz da Secretaria de Educação dentro do processo”, de acordo com a entidade.

A Apeoesp também cobrou a Secretaria de Educação de Limeira por melhores condições de estrutura para o trabalho remoto dos professores, com a modernização de equipamentos e melhora na conexão de internet, que são as mesmas de épocas antes da pandemia de covid-19.

O sindicato também questionou a Secretaria de Educação com relação à vacinação contra o novo coronavírus dos profissionais da educação que não conseguiram tomar a segunda dose da Coronavac, que está em falta no município. “Soma-se a essa situação a não imunização dos profissionais da educação, que apenas tomaram a primeira dose, aos que têm acima de 47 anos e estão com dificuldades de tomar a segunda dose pela falta da Coronavac na cidade, conforme constatamos e comunicamos a secretaria Municipal de Educação, com a solicitação de providências imediatas”, cita a nota.

* Texto: Roberto Gardinalli

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