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OMS pede que países mantenham fronteiras abertas enquanto lidam com variante ômicron

De acordo com comunicado da OMS, ainda não está claro se a nova variante é mais transmissível em comparação com outras variantes


Por Folhapress Publicado 28/11/2021
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A OMS (Organização Mundial de Saúde) pediu neste domingo (28) que os países mantenham suas fronteiras abertas enquanto lidam com a nova variante ômicron do coronavírus e afirmou estar “do lado dos países africanos” num comunicado.

A identificação da nova cepa na África do Sul, na quinta-feira (26), levou a muitos países a proibirem voos de nações do sul da África, o que inclusive deixou milhares de turistas presos na região. De acordo com comunicado publicado no site da OMS, ainda não está claro se a nova variante ômicron é mais transmissível em comparação com outras variantes do SARS-CoV-2, como a delta, ou se causa doença mais grave.


O órgão, contudo, já caracterizou a cepa como uma variante de preocupação, por potencialmente causar mais danos. Também ainda não se sabe se as vacinas são menos efetivas em conter a ômicron. “Dados preliminares sugerem que há taxas crescentes de hospitalização na África do Sul, mas isso pode ser devido ao aumento do número geral de pessoas que estão se infectando, e não devido a uma infecção específica com ômicron”, afirma o comunicado.

A médica que identificou a variante ômicron, Angélique Coetzee, afirmou que os sintomas na verdade são mais leves em relação a outras cepas do coronavírus. Também neste domingo, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, afirmou num discurso pela televisão que as restrições de viagem para passageiros vindos da África do Sul precisam ser suspensas imediatamente. A União Europeia e diversos outros países fecharam suas fronteiras para voos vindos de países do sul da África, por tempo indeterminado.


Muitos sul-africanos sentem que estão sendo punidos por sua transparência e trabalho árduo em manter o controle sobre a forma como o vírus está se transformando. O governo já havia dito que o país se sentia “castigado” por ter alertado o mundo para a nova cepa. “A proibição de viagens não é informada pela ciência, nem será eficaz para prevenir a propagação desta variante”, disse ele.


Segundo Ramaphosa, o país pode enfrentar uma quarta onda de covid-19 em breve, já que a nova variante vem causando um aumento nas infecções na província mais populosa de Gauteng. “Se os casos continuarem a aumentar, podemos esperar entrar em uma quarta onda de infecções nas próximas semanas, se não antes”, alertou. Ramaphosa acrescentou que as autoridades não consideram impor restrições econômicas por enquanto, e criticou os países ocidentais ricos por sua imposição automática de proibições de viagens depois de ouvir sobre a ômicron. Ele disse ainda que o governo está considerando tornar a vacinação obrigatória para acesso a locais de trabalho, eventos públicos, transporte público e estabelecimentos públicos.


Até a manhã deste domingo, havia casos confirmados da variante ômicron em ao menos oito países europeus: Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda, Áustria, Dinamarca e República Tcheca. Israel também detectou casos e fechou suas fronteiras por ao menos duas semanas para todos os estrangeiros. O sequenciamento da variante ômicron foi feito inicialmente na África do Sul, o que não quer dizer que a variante tenha surgido lá: o país tem investido na vigilância da pandemia e no sequenciamento genético do coronavírus, o que aumenta suas chances de encontrar mutantes. A primeira amostra com a variante que se conhece foi coletada em Botsuana.

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