Rainha torna cavaleiro militar centenário que arrecadou milhões contra pandemia do coronavírus

A rainha Elizabeth II nomeou o coronel Thomas Moore como cavaleiro em uma cerimônia no Castelo de Windsor. O veterano militar, que completou 100 anos em junho, virou um herói nacional após arrecadar cerca de 33 milhões de libras (cerca de R$ 220 milhões) para a saúde pública do Reino Unido durante a pandemia. O país registra mais de 45 mil mortes pela covid-19.

Embora todas as nomeações a serem realizadas em junho e julho no Palácio de Buckingham, em Londres, tenham sido adiadas pelo coronavírus, uma exceção foi feita ao Capitão Tom, que conquistou os corações dos britânicos. Rodeado de sua família, ele recebeu o título de cavaleiro da rainha, que utilizou a espada que pertenceu a seu pai, o rei Jorge VI, respeitando as regras de distanciamento social.

Em 6 de abril, Thomas Moore se propôs a arrecadar mil libras para associações vinculadas aos serviços de saúde pública britânicos. Ele estabeleceu o objetivo de caminhar, com a ajuda de seu andador, cem vezes os 25 metros de seu jardim em Bedfordshire para prestar homenagem aos profissionais de saúde que o ajudaram a se curar do câncer e de uma fratura de quadril. A quantia arrecadada, de 33 milhões de libras, foi aprovada inclusive pela Guiness Academy.

O primeiro-ministro Boris Johnson foi o responsável por pedir — pessoalmente — à rainha que Thom Moore fosse nomeado. “A fantástica arrecadação de fundos bateu recordes, inspirou o país inteiro e nos trouxe uma luz no nevoeiro do coronavírus”, disse o premier, que chamou o militar de “tesouro nacional”.

As homenagens não pararam por aí. Um trem de alta velocidade agora leva o nome de Thomas Moore, que também foi nomeado membro honorário da equipe de críquete inglesa. Além disso, o serviço postal criou um selo especial em sua homenagem.

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