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Regulador europeu começa a avaliar vacina Sputnik V, da Rússia

Aprovação da vacina pela agência europeia pode acelerar medida semelhante no Brasil, onde ela já está sendo negociada, com estados do Nordeste


Por Folhapress Publicado 04/03/2021
Foto: Divulgação/Fundo Russo de Investimentos Diretos

A agência regulatória de medicamentos da União Europeia (EMA) começou a avaliar dados sobre a vacina contra Covid-19 Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Gamaleya, da Rússia.

O imunizante foi incluído no sistema de “análise contínua”, no qual as informações são analisadas conforme chegam à EMA, etapa anterior ao pedido formal de comercialização.

A aprovação da vacina pela agência europeia pode acelerar medida semelhante no Brasil, onde ela já está sendo negociada, com estados do Nordeste. O governo federal também pretende comprar 10 milhões de doses do produto russo. Mas, de acordo com a EMA, não há prazo previsto para a conclusão das análises.

A revisão seguirá até haver evidências suficientes para um pedido formal de autorização de comercialização – que exige dados completos sobre eficácia, segurança e qualidade, entre outros documentos.

A análise do pedido de registro, quando for feita, “poderá levar menos tempo que o normal” por causa da revisão contínua, segundo o regulador europeu.

A agência afirmou que tomou a decisão de iniciar uma revisão contínua com base em resultados preliminares já divulgados. “Esses estudos indicam que o Sputnik V desencadeia a produção de anticorpos e células imunes que têm como alvo o coronavírus Sars-Cov-2 e podem ajudar a proteger contra a covid-19”, afirma comunicado.

A EMA já aprovou o uso de três vacinas contra a covid-19: a da Pfizer/BioNTech, em 21 de dezembro, a da Moderna, em 6 de janeiro, e a da AstraZeneca, em 29 de janeiro.

Na próxima semana deve haver uma decisão sobre o produto da Janssen; dois outros, da Novavax (EUA) e da CureVac (Alemanha), estão em revisão contínua.

Envolvida em disputas diplomáticas com a Rússia, a Comissão Europeia ressalvou que a avaliação de medicamentos ou imunizantes pela agência regulatória não tem nenhuma relação com decisões da União Europeia sobre compra ou adoção das vacinas.

Em tese, a aprovação de registro pela a EMA precisa ainda ser confirmada pela Comissão Europeia. Mesmo sem esses passos, porém, a Sputnik V já está sendo usada no bloco europeu, pela Hungria e pela Eslováquia.

Há duas semanas, a vacina do Centro Gamaleya gerou confusão depois que o Fundo de Investimento Direto da Rússia, um de seus financiadores, anunciou que a EMA já estava avaliando o pedido de registro. A agência afirmou então que não havia recebido solicitação do laboratório russo.

A vacina Sputnik V usa a tecnologia chamada de vetor viral, em que um vírus com pouca capacidade de fazer mal ao organismo (adenovírus, no caso do imunizante russo) produz proteínas do Sars-Cov-2. Uma vez no organismo humano, eles induzem uma defesa contra essa proteína.

Se a pessoa vacinada entrar depois em contato com o coronavírus, o sistema imunológico reconhecerá a proteína e estará preparado para atacá-la com anticorpos e células T, prevenindo que ele entre nas células humanas e destruindo células infectadas.

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