Criminosos invadem Araçatuba (SP) para assaltar banco e fazem reféns
Criminosos fortemente armados invadiram Araçatuba, a 521 km da capital paulista, na madrugada desta segunda-feira (30), para assaltar uma agência bancária localizada na região central da cidade de quase 200 mil habitantes.
Pedestres e motoristas foram abordados pela quadrilha e feitos reféns na hora da fuga. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram reféns sentados no meio da rua, andando a pé e amarrados em tetos de carros, como escudos humanos.
A exemplo do que aconteceu em outros ataques semelhantes, a quadrilha atirou para cima, atacou ao menos um batalhão da polícia, usou explosivos e colocou fogo em veículos para dificultar o acesso dos policiais. Moradores fizeram imagens de explosivos espalhados pelas ruas da cidade.
Até o momento não há informações oficiais sobre mortos ou feridos. A quadrilha fugiu após a ação e também não foi divulgado o valor roubado.
O prefeito de Araçatuba, Dilador Borges (PSDB), pediu que a população fique em casa nas próximas horas para não correr riscos.
Araçatuba é a 33ª cidade paulista a ser atacada por esse tipo de quadrilha desde 2018.
Em julho, uma quadrilha fortemente armada invadiu Jarinu, a 75 km da capital paulista, para assaltar uma empresa do ramo de joalheria especializada em joias localizada em uma chácara, na zona rural da cidade. Ninguém ficou ferido.
Durante a fuga, houve troca de tiros entre a quadrilha e a polícia na altura de Campo Limpo Paulista e na estrada entre Jarinu e Atibaia.
Assaltos desse tipo, realizados por quadrilhas especializadas, fazem parte do chamado “novo cangaço”. São praticados por criminosos fortemente armados, em grupo de 15 a 30 homens, que chegam a cidades de pequeno e médio portes, durante a madrugada, em comboios de veículos potentes.
Em abril deste ano, uma quadrilha atacou agências bancárias, atirou em lojas e em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Mococa (a 267 km da capital). Mascarados e atirando para cima e em direção ao comércio local, os criminosos usaram explosivos para roubar o cofre de uma agência da Caixa Econômica Federal.
Ações semelhantes ocorreram recentemente em Criciúma (SC), Cametá (PA) e em cidades do interior de São Paulo, como Araraquara, Botucatu e Ourinhos.
Em Criciúma, a ação de pelo menos 30 criminosos, dez automóveis e armamento de calibre exclusivo das Forças Armadas, em novembro de 2020, foi considerado o maior roubo do tipo na história de Santa Catarina.
Os criminosos atacaram o 9º Batalhão da Polícia Militar com tiros nas janelas, bloqueio na saída com um caminhão em chamas e explosão acionada por celular. “Uma ação sem precedentes”, disse o tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade, comandante do batalhão. A ação durou cerca de duas horas.
Em Cametá, homens fortemente armados cercaram o quartel da Polícia Militar, fizeram reféns, atacaram uma agência bancária da cidade com explosivos, atiraram para cima e provocaram pânico entre os moradores. Um refém morreu vítima dos criminosos.
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