“É o que ocorre quando se mexe com mulher casada” afirma sargento após matar
Militar teve a prisão convertida em preventiva depois de executar a tiros Francisca Naídde e Francisco de Assis
O sargento da Aeronáutica acusado de cometer um duplo homicídio no Cruzeiro Novo debochou das vítimas após o crime. Depois de atirar e matar a esposa Francisca Naídde de Oliveira Queiroz, 58 anos, e Francisco de Assis Pereira da Silva, 41, ele teria dito a Marcelo, companheiro de Francisco: “Tá vendo o que acontece com homem que mexe com mulher casada?”.
O relato está descrito na ata da audiência de custódia que converteu a prisão de Juenil Bonfim de Queiroz, 56, de temporária para preventiva. Ao decretar a manutenção do militar da Força Aérea Brasileira (FAB) detido por tempo indeterminado, a juíza da 11ª Vara do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) escreveu: “O fato é grave e revela a elevada periculosidade do autuado, que demonstrou notória frieza ao deixar o local dos fatos e calmamente se dirigir à área comum do prédio, onde permaneceu esperando a polícia”.
Marcelo presenciou toda a cena do crime e só conseguiu escapar ileso porque correu do assassino.
Um dia após o crime, o clima era de comoção e perplexidade no edifício onde ocorreram os assassinatos, no Bloco G da Quadra 1405 da região administrativa. Vizinhos e parentes tentavam entender por que o sargento decidiu abrir fogo contra Francisca e Francisco de Assis Pereira da Silva.
Abalada, a corretora de imóveis Marilene Macedo, 42, diz que a amiga Francisca era agredida constantemente por Juenil. “Ela já tinha pedido socorro. Nos encontramos no mercado e ela me contou que o casamento não estava indo bem, que o esposo estava agressivo. Ele é um homem obcecado e ciumento”, relata.
Conforme explicou Marilene, Francisca e Queiroz eram casados havia 32 anos e tiveram dois filhos. “Ela era uma mãe guerreira, que fazia crochê para pagar a faculdade da filha. Uma pessoa íntegra”. A mulher foi a 15ª vítima de feminicídio no DF em 2019.
Queiroz, por sua vez, teria sido pastor no ano de 2008, em uma igreja do Guará. A filha deles, segundo Marilene, mora no Nordeste e veio para o Distrito Federal após saber da tragédia que chocou a família.
A prima de Marcelo, que não quis se identificar, presenciou os momentos de terror antes do crime. De acordo com o relato da mulher, Marcelo e Francisco estavam juntos havia cerca de 5 anos. Entre o casal e o sargento acusado de feminicídio e homicídio, nunca teria havido desentendimento, segundo a testemunha.
*Com informações do portal Metrópoles
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