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Polícia prende homem acusado de passar aids para ao menos quatro mulheres

Conforme informações da Polícia Judiciária Civil, ao serem ouvidas as vítimas disseram que o investigado nunca disse ser portador de qualquer doença sexualmente transmissível e nunca usou qualquer tipo de proteção


Por Bruno Bortolan Publicado 31/08/2019
A Polícia Civil procura possíveis outras vítimas de Haroldo Duarte da Silveira

Um homem de 32 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (29) acusado tentativa de feminicídio, por transmitir a doença incurável da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) para quatro mulheres com quem se relacionou por vários anos.

A prisão foi fruto de investigações da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá. Haroldo Duarte da Silveira estava fora do Estado e foi preso hoje ao voltar para a capital de Mato Grosso, onde já havia quatro mandados de prisão preventiva contra ele.

Conforme informações da Polícia Judiciária Civil, ao serem ouvidas as vítimas disseram que o investigado nunca disse ser portador de qualquer doença sexualmente transmissível e nunca usou qualquer tipo de proteção.

Foram realizados exames laboratoriais tanto nas vítimas, quanto no suspeito, que sequer pôde alegar desconhecer que era portador do vírus e, inclusive, confessou a existência de uma quinta vítima mulher.

A delegada responsável pelo caso, Nubya Beatriz Gomes dos Reis, disse que o suspeito assumiu o risco de contaminar suas parceiras com a doença que, se não detectada e tratada, poderia levá-las à morte e, por isso, agiu com dolo.

“Sendo assim, o indiciei pelo crime de feminicídio tentado, quatro vezes”, contou a delegada.

Nubya afirmou ainda que a prisão preventiva dele foi pedia para salvaguardar a integridade física e psicológica das vítimas e evitar que o suspeito contamine mais pessoas.

Além disso, a Polícia Judiciária Civil divulgou o nome e a foto do suspeito para que possíveis novas vítimas tenham acesso à informação e procurem a polícia.

“Oriento as mulheres que se relacionam com o suspeito, que realizem o exame para constatação do vírus e, se o tempo de aquisição da doença coincidir com o do relacionamento, que procure esta delegacia para que possamos instaurar novos inquéritos policiais e investigar os fatos”, pediu a delegada.

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