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Professora é estuprada dentro de carro em escola municipal em São Paulo

A professora teria sido abordada quando se dirigia ao seu carro para ir embora. Segundo o diretor, ela não soube dizer se o criminoso estava armado, mas ficou apavorada e entrou em estado de choque diante das ameaças feitas por ele


Por Redação Educadora Publicado 30/09/2019
Retrato falado do suspeito (Polícia Civil)

Uma professora do ensino fundamental foi estuprada por volta das 10h30 do último sábado (28) no estacionamento da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Dama Entre Rios Verdes, no Jardim Santa Rita, região de Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo.

Reprodução: Google Maps

De acordo com o diretor da escola, Marco Antonio Mattos, o estuprador entrou no local e perguntou a um funcionário se a secretaria estava aberta. Diante da negativa, ele teria se virado para ir embora e depois ninguém mais o teria visto. A escola estava aberta para reposição de aulas.

A professora teria sido abordada quando se dirigia ao seu carro para ir embora. Segundo o diretor, ela não soube dizer se o criminoso estava armado, mas ficou apavorada e entrou em estado de choque diante das ameaças feitas por ele.

Após a agressão, uma funcionária da escola, segundo o diretor, se aproximou do veículo e perguntou se estava tudo bem. O homem respondeu: “Estamos resolvendo uma coisa entre nós”. A professora, então, começou a chorar. Foi quando a funcionária percebeu que havia algo errado e chamou ajuda. O homem fugiu em seguida, segundo relatos.

A vítima só conseguiu fazer o boletim de ocorrência cinco horas após o estupro, no 50º DP (Itaim Paulista). Em seguida, a professora foi encaminhada ao hospital Pérola Byington, no centro.
Nesta segunda-feira (30), as aulas foram suspensas e serão retomadas nesta terça (1º). Professores e pais de alunos protestaram contra a insegurança no local.

O secretário municipal da Educação, Bruno Caetano, esteve na Emef nesta segunda. “Primeiro, uma palavra de acolhimento aos professores, assistentes, diretores e a toda a comunidade escolar. Pais, mães, alunos. Uma palavra de carinho, pois não se pode naturalizar uma situação como essa”, disse. Caetano afirmou que a escola tem câmeras de vigilância e que havia um vigilante no local no sábado.

O diretor da escola, por sua vez, disse nesta segunda que a “segurança da escola é feita por nós da escola mesmo”.

Segundo Marco Antônio Mattos, são os professores e demais funcionários que andam “do lado de fora, que acompanham a entrada e a saída na rua”. “Isso tem garantido uma sensação de segurança para as crianças. Infelizmente, garante só a sensação”, disse.

De acordo com ele, a última vez que a Guarda Civil Metropolitana esteve na escola foi em 14 de setembro. Além disso, ele disse que a Polícia Militar é muito “reticente” em atender às solicitações da escola.

“Dentro da escola, nós não temos problema e nem episódios de violência. Agora, a gente muitas vezes fica por conta”, afirmou.

Caetano, secretário da gestão Bruno Covas (PSDB), se reuniu com os professores e pais de alunos para ouvir suas reivindicações.

“Essa escola não tinha histórico de problemas de segurança. Aqui a gente tem a vigilância. Inclusive, estava presente no sábado (28), data da violência que essa professora foi vítima. Também tem câmeras. Toda parte de infraestrutura dessa escola está em ordem”, afirmou, em entrevista.

Procuradas para comentar as denúncias feitas pelo diretor da escola, as secretarias municipal e estadual de Segurança não se pronunciaram.

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