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Reconstituição da morte de capitão Adriano na Bahia dura 4 horas

Adriano é acusado de chefiar a milícia Escritório do Crime - citada em investigações da morte da vereadora do PSOL Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes


Por Estadão Conteúdo Publicado 12/07/2020
Reprodução/Polícia Civil

A Polícia da Bahia fez uma reconstituição da operação que resultou na morte de Adriano Magalhães da Nóbrega, o capitão Adriano, no município de Esplanada, no interior do Estado. De acordo com a Secretaria estadual de Segurança Pública, a repetição do confronto durou quatro horas.

Adriano da Nóbrega morreu no dia 9 de fevereiro, durante uma operação da polícia baiana, que tentava capturar o ex-pm do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Adriano é acusado de chefiar a milícia Escritório do Crime – citada em investigações da morte da vereadora do PSOL Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes – e mantinha relações próximas ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que empregou parentes dele quando era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, o exercício de reconstituição deste domingo (12) repetiram todas as ações das equipes que procuravam Adriano na região. O procedimento foi solicitado por delegados do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e coordenado por peritos do Departamento de Polícia Técnica.

A equipe composta por três policiais militares que localizou Adriano em fevereiro participou da reconstituição. Os policiais mostraram como foram realizadas as buscas, a entrada no imóvel onde Adriano se escondia, o confronto e a prestação de socorro.

O laudo da reprodução simulada será anexado aos exames periciais que foram realizados no corpo de Adriano, em um colete balístico atingido no confronto e na análise do local de crime.

“Desde o início fomos transparentes sobre como ocorreu essa operação. Divulgamos depoimentos dos policiais e o laudo de necropsia. A reprodução simulada é mais uma maneira de esclarecer o caso e oferecer todos os subsídios à Polícia Civil para concluir o inquérito”, declarou o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa.

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