Usamos cookies e outras tecnologias para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Caso Guigo: policial militar será submetido a Júri Popular

Como o réu está em liberdade, cabe recurso que pode ser apresentado no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Após o julgamento no TJ/SP, o júri será agendado.


Por Carlos Gomide Publicado 24/08/2022
submetido a júri popular
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O juiz de direito Rudi Hiroshi Shinen da 2ª Vara Criminal de Limeira acatou o pedido da promotora Débora Bertolini e determinou que o policial militar, de 46 anos, acusado de matar o empresário Wagner Rogério da Silva, de 41 anos, seja submetido a júri popular. O magistrado, em seu despacho, apontou que os depoimentos, perícia e material apresentado durante a investigação do caso são indícios que o militar tenha praticado o crime (homicídio triplamente qualificado). Como o réu está em liberdade, cabe recurso que pode ser apresentado no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Após o julgamento no TJ/SP, o júri será agendado.

O militar será julgado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, sem chance de defesa e meio cruel). A defesa do militar pediu a requalificação do crime para “lesão corporal seguida de morte”, mesmo crime que o delegado Francisco Lima apontou na esfera policial. Para a autoridade do 1º Distrito Policial, em depoimento ao Poder Judiciário, Lima alegou que “a conclusão do inquérito policial é de que haveria lesão corporal seguida de morte, porque o ‘Guigo’ estava agressivo e partindo para cima do denunciado, que teria se mantido sempre estativo”.
A morte de Silva, conhecido como “Guigo”, ocorreu na rua 13 de Maio, no Centro, na madrugada de 16 de dezembro do ano passado. As imagens de câmeras de um prédio vizinho mostram dois momentos em que ocorrem as agressões. O empresário é agredido, é amparado e volta a partir para cima do denunciado, que se descontrola e agride o empresário. O descontrole do policial foi relatado por ele mesmo, em depoimento à Polícia Civil, conforme a Educadora já mostrou anteriormente. Guigo chegou a ir embora, mas volta cerca de 20 minutos depois. O policial, armado, tenta abordar o empresário, pois havia a informação que ele poderia estar armado. O militar recua, ao perceber que Guigo não portava arma. Há uma nova discussão e a agressão, que culmina com a queda do empresário, desacordado. Ele apresentava diversos ferimentos. Foi socorrido, de imediato por uma enfermeira. O Samu leva o empresário ao hospital, mas ele não resiste aos ferimentos e morre.

✅ Curtiu e quer receber mais notícias no seu celular? Clique aqui e siga o Canal eLimeira Notícias no WhatsApp.