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Suspeito de matar aluna da Unicamp com 28 facadas é preso em São João da Boa Vista

O suspeito do assassinato foi encontrado na zona rural de São João depois de uma busca que durou três dias e envolveu policiais civis e do Baep (batalhão de ações especiais da Polícia Militar) de Piracicaba


Por Folhapress Publicado 18/05/2022
Suspeito de matar aluna da Unicamp com 28 facadas é preso em São João da Boa Vista
Foto: Divulgação/Polícia Militar

A Polícia de São Paulo prendeu nesta quarta-feira (18) o suspeito de ter matado a estudante universitária Mayara Roquetto Valentim, 23, no último domingo (15) em São João da Boa Vista, no interior paulista. A jovem saiu para fazer uma caminhada às 11h, mas não retornou, o que fez com que sua família acionasse a polícia e amigos espalhassem pedidos de ajuda em redes sociais sobre o seu desaparecimento.

O corpo de Mayara, que cursava licenciatura em ciências biológicas na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), foi encontrado numa estrada da Serra da Paulista na noite de domingo, com 28 marcas de facadas nos braços, nas mãos, no tórax, nas costas e na cabeça. Michael Douglas da Silva, 28, apontado pela polícia como suspeito do assassinato, foi encontrado na zona rural de São João depois de uma busca que durou três dias e envolveu policiais civis e do Baep (batalhão de ações especiais da Polícia Militar) de Piracicaba. Segundo a polícia, ele tem diagnóstico de esquizofrenia.

Ainda conforme a polícia de São João, Silva é suspeito também de tentar matar outra mulher na véspera do crime e de fazer mesmo contra um familiar. A Folha não conseguiu localizar um defensor de Silva. A hipótese da polícia é que ele fugiu para a região da Serra da Paulista ainda no sábado (14) e por lá ficou, até encontrar Mayara no dia seguinte e cometer o crime. Ao chegar à Delegacia Seccional de São João da Boa Vista, Silva foi hostilizado por pessoas que o aguardavam com palavras como “lixo” e “vagabundo”.

Mayara estudava em Campinas e costumava voltar para São João para passar os finais de semana, muitas vezes saindo para fazer caminhadas como a do último domingo. Ela ingressou no curso de ciências biológicas em 2017 e concluiu o bacharelado no segundo semestre do ano passado, durante a pandemia da covid-19. De acordo com a Unicamp, ela cursava licenciatura plena em ciências biológicas e atuava no PAD (Programa de Apoio Didático) da disciplina biofísica e fisiologia humana 2.

O Instituto de Biologia da Unicamp publicou comunicado na segunda-feira (16) em que determinou luto de três dias pela morte de Mayara. “Foi uma aluna extremamente participativa no curso e querida por colegas de sala e docentes. Mayara nos deixa com 23 anos e muita saudade. Aos familiares, amigos e colegas enlutados, nossos mais sinceros sentimentos”, diz trecho do comunicado da diretoria do instituto. O corpo de Mayara foi enterrado na terça-feira (17) de manhã no cemitério municipal.

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