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Trânsito de Limeira em 2023 é o mais mortal dos últimos 7 anos

Entre as vítimas, 84% eram do sexo masculino


Por Carlos Gomide Publicado 03/01/2024
Trânsito de Limeira em 2023 é o mais mortal dos últimos 7 anos
Foto: Educadora

A equipe da Educadora realizou pesquisa acerca das fatalidades resultantes de acidentes de trânsito revelou que, em 2023, Limeira (SP) testemunhou a mais alta taxa de mortalidade em sete anos.

Desde 2016, quando foram contabilizados 55 óbitos, não se registrava um número tão elevado. Ao longo do ano passado, de janeiro a dezembro, foram documentadas 51 mortes, conforme o acompanhamento diário da equipe de reportagem. Esse índice representou um aumento de 41% em relação a 2022, que teve 36 mortes registradas.

Entre as vítimas, 84% eram do sexo masculino, enquanto apenas oito das 51 vítimas eram mulheres. Os acidentes totalizaram 43 ocorrências, sendo as colisões entre veículos responsáveis pela maioria das mortes, com 20 casos. Um incidente notório ocorreu no final da noite de 09 de outubro, quando o padre Evandro José Lopes, de 37 anos, ligado à Diocese de Limeira, perdeu a vida em uma colisão entre seu carro e um caminhão desgovernado na Rodovia Limeira à Mogi Mirim. O condutor do caminhão, Jorge Backers, 70 anos, também faleceu devido a um mal súbito que o levou a atingir o veículo do padre.

O número de atropelamentos foi surpreendente, totalizando 18 casos fatais. Em 26 de março, três pessoas perderam a vida após serem atingidas por um carro na rua Otávio Coelho, no Jardim São Francisco. O condutor admitiu ter passado a noite em uma festa e foi preso em flagrante. Outras 8 mortes foram causadas por colisões entre veículos e objetos, enquanto tombamentos ou capotamentos de veículos resultaram em mais 5 óbitos.

As motocicletas permanecem como os veículos mais letais, envolvendo 24 das vítimas. Ryan Henrique Reis Cabral, de 20 anos, faleceu na manhã de 13 de abril ao colidir na traseira de um ônibus de transporte coletivo durante uma tentativa de fuga da polícia. Outros casos envolvendo motos também foram registrados ao longo do ano.

Em relação ao tipo de veículo, os carros lideram com 23 casos, seguidos por bicicletas e caminhões, com 2 casos cada. O levantamento destaca que a análise é sempre feita no local onde as vítimas estavam. Na categoria de atropelamento de pedestres, conta-se o veículo envolvido no acidente.

A análise também revela que a faixa etária mais afetada foi a de 41 a 50 anos, com 10 casos, seguida por pessoas de 31 a 40 anos (9 casos), 51 a 60 anos (8 casos) e vítimas com idades entre 21 e 30 anos (7 casos). Em 2023, não houve mortes de crianças no trânsito. Outubro foi o mês mais fatal, com sete mortes, seguido por março, agosto e dezembro, cada um com seis óbitos. Quinta-feira foi o dia mais letal, com 10 casos, seguido por sexta-feira, quarta-feira e domingo, cada um com sete mortes.

Em relação às rodovias, a Limeira – Piracicaba registrou cinco mortes, sendo a via com maior incidência. A Limeira – Mogi foi palco de 4 mortes, enquanto as rodovias dos Bandeirantes, Anhanguera, Limeira – Cosmópolis e Limeira – Iracemápolis registraram 3 mortes cada. O trecho limeirense da rodovia SP-306 teve um caso de morte.

No âmbito urbano, a Via Antônio Cruanes Filho (Anel Viário) registrou dois acidentes fatais. A Avenida Rui Corte Brilho e a Rua Presidente Roosevelt, no cruzamento com a Rua

Cunha Bastos, também contabilizaram dois acidentes cada. Já as ruas Otávio Coelho e Hermínio Formigari, embora tenham registrado apenas um acidente cada uma, se destacam pelo impacto mais significativo, resultando em múltiplas vítimas fatais.

É essencial observar que as rodovias desempenharam um papel crucial nas estatísticas de mortes no trânsito. A Rodovia Limeira – Piracicaba, desde seu trecho urbano, iniciando na rotatória “das Três Avenidas”, liderou com cinco mortes. A Rodovia Limeira – Mogi seguiu com quatro mortes, enquanto as rodovias dos Bandeirantes, Anhanguera, Limeira – Cosmópolis e Limeira – Iracemápolis registraram três mortes cada. O trecho limeirense da rodovia SP-306, conectando Iracemápolis a Santa Bárbara d’Oeste, também foi palco de um caso fatal.

Essa análise aponta para a necessidade de ações efetivas no sentido de melhorar a segurança viária, especialmente em locais e vias que se destacaram como pontos críticos. A conscientização dos condutores, a fiscalização rigorosa e a implementação de medidas de engenharia de tráfego são aspectos que devem ser considerados para reverter essa tendência alarmante de aumento nas fatalidades no trânsito.

Além disso, é imperativo ressaltar a importância de campanhas educativas que visem à promoção de comportamentos responsáveis no trânsito, bem como o incentivo ao uso de dispositivos de segurança, como cintos de segurança e capacetes, especialmente para os usuários de motocicletas. O engajamento da comunidade e das autoridades locais é fundamental para criar um ambiente viário mais seguro e preservar vidas.

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