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Mario Frias deixa Secretaria da Cultura para se lançar como candidato a deputado

Hélio Ferraz de Oliveira é o novo cabeça da pasta, na qual ocupava o cargo de secretário adjunto de Frias há menos de um ano


Por Folhapress Publicado 31/03/2022

Mario Frias deixou a chefia da Cultura do governo Bolsonaro nesta quinta-feira (31). Hélio Ferraz de Oliveira é o novo cabeça da pasta, na qual ocupava o cargo de secretário adjunto de Frias há menos de um ano.

Frias ficou quase dois anos à frente da Cultura, secretaria que deixou para se lançar candidato a deputado federal por São Paulo pelo Partido Liberal, o mesmo do presidente Jair Bolsonaro e de outros nomes da cúpula da pasta que também vão concorrer nas eleições de outubro.

A nomeação de Oliveira foi publicada no Diário Oficial da União e é assinada por Jair Bolsonaro. Ele era um dos cotados para assumir o lugar de Frias.

Nome menos popular fora do governo, Oliveira é algo conhecido por ter ido junto com a Polícia Federal pedir as chaves da Cinemateca Brasileira, no momento em que a federação tomou posse da instituição, em agosto de 2020. Naquela ocasião, ele ocupava o cargo de secretário nacional do audiovisual substituto.

Bastante próximo de Frias, com quem aparece frequentemente em suas redes sociais e de quem é advogado, a nomeação de Oliveira indica que a pasta deve manter seu perfil de celeiro da ala ideológica mais radical do bolsonarismo e dar continuidade às pautas defendidas pelo agora ex-secretário, a exemplo do esvaziamento da Lei Rouanet e da maledicência de artistas famosos.

Segundo um servidor que prefere não se identificar, o novo secretário é conhecido no gabinete por não trabalhar e por ter demorado para dar andamento em questões relativas à Cinemateca Brasileira. A instituição sediada em São Paulo ficou anos paralisada, sofreu um incêndio no ano passado e voltou finalmente à ativa há pouco, com nova diretoria.

Oliveira tem em torno de 40 anos e é graduado em direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, curso que terminou em 2009. Ele estudou junto com Felipe Carmona, secretário nacional de direitos autorais, de quem se tornou amigo pessoal.

De acordo com seu currículo disponível no site do governo, preenchido à mão, o novo chefe da Cultura tem também especialização em direito de família e sucessões, e fez extensão em direito imobiliário.

Antes de entrar para a secretaria como adjunto de Frias, ocupou por quase um ano um cargo de direção na Secretaria Nacional do Audiovisual. Oliveira foi produtor-executivo do game show A Melhor Viagem, estrelado por Frias em 2019, que levava para a tela uma disputa entre colégios com provas de conhecimentos gerais e cultura pop.

Temente a Deus, pai de três filhas e militar da reserva, Oliveira é armamentista e já publicou uma foto segurando uma metralhadora ao lado de outros nomes da cúpula da Cultura.
Ele também disse ter vivido e repetido “o sonho Disney” com sua mãe, e parece apreciar o universo de desenhos animados infantis, dado fez uma festa com temática de Snoopy no ano passado.

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