Tarcísio é diplomado em SP; Eduardo Bolsonaro é vaiado e chamado de ‘mito’
Foram diplomados 94 deputados estaduais, 70 federais, Pontes e seus dois suplentes de chapa
O governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi diplomado nesta segunda-feira (19) com o vice, Felício Ramuth (PSD), deputados federais, estaduais e o senador eleito Marcos Pontes (PL-SP). A cerimônia ocorreu na Sala São Paulo, no centro da capital paulista.
Foram diplomados 94 deputados estaduais, 70 federais, Pontes e seus dois suplentes de chapa.
Derrotado por Tarcísio na eleição, o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que o apoiou no segundo turno, não compareceu.
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Após Rodrigo lhe prometer “apoio incondicional” na campanha, Tarcísio escanteou tucanos e vai desalojar aliados da legenda de pastas estratégicas em detrimento de nomes ligados a Gilberto Kassab (PSD) e de pessoas que trabalharam com ele em Brasília.
O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) estava presente na diplomação ao lado de autoridades do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo).
A cerimônia ocorre a 13 dias da posse, em 1º de janeiro. Diferentemente da diplomação presidencial, o governador eleito não faz discurso. Em uma rede social, ele agradeceu a Bolsonaro e aos mais de 12,5 milhões de eleitores. “Contem com todo o meu esforço e dedicação para construir um Estado cada vez mais forte e mais justo”, disse.
Tarcísio está formando seu governo e já nomeou 13 secretários. Deve anunciar nesta semana nomes para as outras pastas. Ele também recebe nos próximos dias os relatórios elaborados pelas equipes de transição do governo.
O governador eleito foi aplaudido, mas quem mais movimentou a plateia foi Eduardo Bolsonaro (PL-SP), segundo mais votado por São Paulo, atrás de Guilherme Boulos (PSOL-SP).
Eduardo recebeu muitas vaias, mas também foi chamado de “mito” por apoiadores presentes. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), terceira mais votada no estado e apoiadora fiel de Jair Bolsonaro (PL), não compareceu à cerimônia.
Ao pegar o diploma, Mário Frias (PL), eleito deputado federal, bateu no peito e recebeu vaias de adversários e aplausos de aliados. Rosângela Moro (União Brasil), que também exercerá mandato na Câmara dos Deputados, foi vaiada. “Volta para Curitiba!”, gritaram da plateia.
Os primeiros a receber o diploma foram Boulos e Eduardo Suplicy (PT), os mais votados na esfera federal e estadual, respectivamente.
Depois, o tribunal diplomou as federações, iniciando pelos parlamentares com mais votos.
Deputadas estaduais do PSOL fizeram protestos silenciosos ao receberem os diplomas. A bancada do Movimento Pretas levantou uma faixa que dizia “O povo preto quer viver”. Já a Bancada Feminista do PSOL ergueu cartazes que pediam justiça a Felipe, que morreu durante visita e Tarcísio a Paraisópolis.
Técnicos do TRE recomendaram a reprovação das contas do governador eleito e reprovaram de vários deputados federais, tais como Eduardo Bolsonaro, Boulos e Celso Russomanno (Republicanos), e estaduais, como Suplicy, Tomé Abduch (Republicanos) e Vinicius Camarinha (PSDB).
A reprovação não impede a diplomação e nem a posse dos eleitos, que podem recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
No caso de Tarcísio, técnicos do TRE-SP apontaram falhas na prestação. O valor chega a R$ 35,8 milhões, o que representa quase 100% das despesas da campanha. A Procuradoria Regional Eleitoral seguiu o tribunal e recomendou a reprovação das contas, que ainda serão julgadas.
A equipe de Tarcísio apresentou novos documentos anexados no processo, que serão analisados.
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