Todos os aeroportos regionais de SP serão privatizados em 2020, diz Doria
De acordo com o governador, os primeiros projetos de concessão devem ser apresentados em janeiro
O governador do estado de São Paulo, João Doria, disse nesta sexta-feira (4) que o programa de desestatização dos aeroportos paulistas estão em andamento com estudo de modelagem e que 21 aeroportos paulistas serão leiloados em 2020.
“Todos os 21 aeroportos regionais de São Paulo serão concedidos ao setor privado no ano que vem. Todos. Integralmente”, disse Doria.
De acordo com o governador, os primeiros projetos de concessão devem ser apresentados em janeiro e que não faltará interesse por parte de investidores estrangeiros, principalmente dos chineses e japoneses.
“Nos Estados Unidos [há] pouca possibilidade. Boa possibilidade de investidores europeus, principalmente dos que estão concentrados em Londres e na Alemanha. Enormes possibilidades de investimentos chineses e de japoneses. Ou seja, eles serão bem disputados.”
Ao ser questionado sobre a operação no aeroporto de Guarujá, Doria disse que essa unidade ficou fora do programa de privatização porque o espaço está sob responsabilidade do município, e não do estado, e o governo local optou por fazer seu próprio programa.
Apesar disso, segundo o governador, o prefeito está revendo essa decisão. “Em Barretos e Ribeirão Preto, em que os aeroportos foram municipalizados, os prefeitos entenderam que era melhor retorná-los ao estado, até porque eles davam prejuízos mensais. O prefeito do Guarujá, do PSB, entendeu que deveria manter. Ele esteve aqui conversando conosco e está revisando essa decisão porque percebeu que talvez não tenha sido a melhor decisão”, afirmou em evento em São Paulo, em que anunciou a criação do programa stopover pela Azul.
O comunicado da inauguração do serviço, que contou com a presença do presidente da Azul, John Rodgerson, ocorreu um mês após o governador fazer um anúncio semelhante com o presidente da Gol no fim de agosto.
A iniciativa permite que passageiros com escala em aeroportos paulistas possam permanecer de um a três dias em alguma cidade do estado, sem custos adicionais.
“A intenção é buscar uma permanência dessas pessoas que voam e fazem escala por São Paulo, para que passem, então, a usufruir da parada para conhecer melhor a cidade, as suas ofertas, culturais, gastronômicas e de negócios”, disse o secretário do Turismo, Vinicius Lummertz.
O stopover faz parte de um pacote de medidas para o setor, o São Paulo Pra Todos, que inclui a redução do ICMS de 25% para 12% sobre o querosene de aviação, anunciado em fevereiro pelo governo do estado.
Lummertz disse que o governo espera gerar em um ano R$ 6,9 bilhões com o programa stopover, além de 40 mil empregos. Na ocasião em que divulgaram o serviço da Gol, a previsão era de 59 mil empregos.
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