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Justiça condena Padre Leandro, de Americana, a 21 anos de prisão por abusos sexuais

Sentença foi dada pela Justiça de Araras, onde corre o processo; Diocese de Limeira anunciou a demissão do padre da Igreja Católica em março de 2022


Por Redação Educadora Publicado 19/05/2022
Após escândalos de pedofilia, Diocese de Limeira anuncia demissão de padre Leandro
Foto: Divulgação/Diocese de Limeira

A Justiça de Araras decidiu pela condenação do padre Leandro Ricardo a 21 anos de prisão por abusos sexuais. A pena deve ser cumprida em regime fechado e o padre poderá recorrer em liberdade. De acordo com informações do jornal O Liberal, a defesa do padre vai recorrer da decisão judicial. Ele nega as acusações e fala em perseguição. A sentença foi dada nesta quinta-feira (19).

O ex-reitor da Basílica de Santo Antônio, em Americana, foi demitido da Igreja Católica em março de 2022, em comunicado oficial emitido pela Diocese de Limeira. Ele é acusado pelo Ministério Público de abusar de quatro coroinhas durante sua passagem pela Paróquia São Francisco de Assis, em Araras, entre 2003 e 2006. No entanto, ele foi considerado culpado em apenas dois dos casos, um deles ocorrido em 2002 e outro entre 2005 e 2006, ambos envolvendo adolescentes.

“Com efeito, as vítimas foram claras ao narrar a dinâmica dos fatos, sendo certo que as quatro vítimas possuíam um ponto em comum: todas provinham de um lar desestruturado, carente e humilde”, cita na sentença o juiz Rafael Pavan de Moraes Filgueira. “Assim, o réu sabia exatamente dos cenários caóticos vividos pelas vítimas e, aproveitando-se de sua autoridade religiosa, sentia-se livre para agir do modo que quisesse, sabendo que não seria questionado ou enfrentado”, finaliza. A Justiça concluiu que o padre usou de sua “posição sacerdotal, de sua boa reputação à época e da força religiosa, para perpetrar os abusos relatados nos autos”.

A sentença definiu que o Padre Leandro Ricardo cometeu o crime de violação sexual mediante fraude por duas vezes. A pena foi aumentada pelo fato dele ter uma posição de autoridade sobre as vítimas, levando em consideração o contexto da igreja, em que o padre coordena os coroinhas.

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