Poluição doméstica diminui, mas água na Represa do Salto Grande ainda é ‘ruim’
Na orla da Praia dos Namorados, em Americana, o visual melhorou durante a quarentena com a retirada das plantas aquáticas e diminuição do lixo doméstico, mas dados da Cetesb revelam presença de fósforo na água
Os níveis de poluição tiveram redução nos centros urbanos no Brasil durante a fase de quarentena. Imagens captadas do satélite Sentinel 5P, da Agência Espacial Europeia, apresentam a redução de gases tóxicos em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Curitiba, Salvador e Belo Horizonte. No litoral, as praias estão mais limpas e até animais podem ser vistos.
Na orla da Praia dos Namorados, em Americana, o visual também é melhor. A Praia dos Namorados e a Praia Azul fazem parte da Represa do Salto Grande. A área é monitorada pela concessionária CPFL Energia, que informou à reportagem da Educadora que, por meio da remoção mecânica, reduziu significativamente a área ocupada por plantas aquáticas no reservatório.
Entre 2019 e o início deste ano, a companhia chegou a trabalhar com três frentes de remoção mecânica simultaneamente, envolvendo mais de 20 equipamentos pesados e uma equipe de 27 pessoas. Foram realizadas 37 mil viagens de caminhão de plantas aquáticas retiradas, o que resultou em uma redução de 63% da área ocupada.
Mas, mesmo após trabalhos de retiradas de plantas na represa, a situação ainda não é satisfatória. A água do reservatório ainda é classificada como ruim pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de Paulo) em relação ao IVA, Índice de Qualidade das Águas para fins de proteção da vida aquática. Isso porque medições periódicas feitas pela companhia apontam presença elevada de fósforo, o que favorece o crescimento de plantas aquáticas e algas.
Em contrapartida, o índice IQA, que mede a capacidade de autodepuração de efluentes, principalmente aqueles de origem doméstica, classificam a água na categoria boa, o que indica que a represa tem capacidade de assimilar a carga orgânica biodegradável.
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