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No Dia do Doador de Sangue, internautas lamentam restrição a doador gay

O ideal, segundo as associações, seria haver restrições à doação após comportamentos de risco, como sexo sem proteção e rotatividade de parceiros.


Por Folhapress Publicado 25/11/2019
Foto: Reprodução

Nesta segunda, 25 de novembro, é comemorado o Dia do Doador de Sangue no Brasil. A data é usada para jogar luz à importância da ação e incentivar que mais pessoas compareçam aos hemocentros do país.

De acordo com o Ministério da Saúde, pessoas entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50 kg podem ser doadoras. Mas há restrições que impedem temporariamente (ou mesmo definitivamente) que uma pessoa faça a doação -e é aí que entra o público LGBT.
Homens que fizeram sexo com outros homens são considerados parte de um grupo de risco e, segundo a Nota Técnica nº 015/2016 da Anvisa, estão inaptos temporariamente para fazer a doação. Ou seja, devem aguardar 12 meses após a relação sexual para doar.

O critério é considerado discriminatório e contestado por entidades LGBT, que questionam o conceito do “grupo de risco”, utilizado no início da epidemia da Aids no Brasil, nos anos 1980. O ideal, segundo as associações, seria haver restrições à doação após comportamentos de risco, como sexo sem proteção e rotatividade de parceiros.

Usando a hashtag #DoadordeSangue, um dos assuntos mais comentados do dia no Twitter, internautas retomaram a discussão.
O Ministério da Saúde nega a discriminação. Uma nota sobre a inaptidão temporária de doadores de sangue HSH (homens que fizeram sexo com outros homens) disponível no portal da Anvisa explica que “a orientação sexual não é usada como critério para seleção de doadores de sangue por não constituir risco em si” e afirma que a restrição se baseia em “evidências epidemiológicas e técnico-científicas” que visam o interesse coletivo na garantia da segurança.

“Todas as evidências científicas e os trabalhos recentes apontam para a mesma direção -a prática sexual entre os HSH está associada a um risco acrescido de infecção por agentes sexualmente transmissíveis. Portanto, a exclusão temporária dos HSH, bem como dos outros comportamentos de risco mencionados na legislação referente à doação de sangue na triagem clínica, é uma medida que contribui para a proteção dos receptores de sangue”, explica o comunicado.

Indivíduos que tenham feito sexo em troca de dinheiro ou drogas, pessoas com um ou mais parceiros ocasionais ou desconhecidos e pessoas que fizeram tatuagem, piercing ou transfusão também configuram o grupo com inaptidão temporária por 12 meses.

COMO DOAR
Para doar sangue, basta procurar as unidades de coleta de sangue, como os hemocentros, e checar se você atende aos requisitos necessários para a doação. A coleta do material dura cerca de 40 minutos e pode beneficiar até quatro pessoas.
É recomendável que o doador esteja bem alimentado e descansado, mas que evite a ingestão de alimentos gordurosos antes da ação.

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