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OMS pede para “homens que fazem sexo com homens” diminuírem contato sexual

"Estigma e discriminação podem ser mais perigosos que qualquer vírus", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom


Por Folhapress Publicado 28/07/2022
OMS pede para “homens que fazem sexo com homens” diminuírem contato sexual
A hipótese é que isso aconteça porque a disseminação da doença está ocorrendo principalmente por contato sexual e na comunidade de homens que fazem sexo com outros homens. Foto: Reprodução

O Brasil chegou a 978 casos de varíola dos macacos, também chamada de monkeypox, de acordo com balanço desta quarta-feira (27) do Ministério da Saúde. A maioria das infecções foi registrada em São Paulo (744) e no Rio de Janeiro (117).

A OMS (Organização Mundial de Saúde) informou que já foram reportados mais de 18 mil casos da doença em 78 países. Em entrevista coletiva nesta quarta (27), o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, explicou que mais de 70% dos casos foram registrados na Europa e 25% nas Américas.

Os principais sintomas da doença são febre, mal-estar e dores no corpo. Então, o quadro evolui para o surgimento de lesões na pele, sendo o contato com essas feridas a principal forma de transmissão do vírus.

No entanto, pesquisas já reportam que alguns pacientes desenvolvem essas lesões nas regiões genitais, anais ou orais. A hipótese é que isso aconteça porque a disseminação da doença está ocorrendo principalmente por contato sexual e na comunidade de homens que fazem sexo com outros homens. A OMS, por exemplo, já indicou que cerca de 90% dos diagnósticos se concentram nessa população.

Entre as recomendações, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom pediu para “homens que fazem sexo com homens” diminuírem o número de parceiros, de relações sexuais e de exposição ao vírus. Um receio é que este cenário cause estigma a esses homens. “Estigma e discriminação podem ser mais perigosos que qualquer vírus”, afirmou Adhanom.

A vacinação de populações chaves e pessoas que tiveram contato com pacientes é uma forma eficaz de evitar a transmissão, mas a expectativa é de que a vacina demore para chegar ao Brasil.

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