Compositor limeirense de música clássica se destaca no cenário europeu
O compositor limeirense de música clássica Rafael Marino Arcaro, de 34 anos, é considerado um verdadeiro fenômeno da música erudita mundial
O compositor limeirense de música clássica Rafael Marino Arcaro, de 34 anos, é considerado um verdadeiro fenômeno da música erudita mundial. Morando em Berlim, na Alemanha, atualmente ele está no Brasil, onde acompanhou o Festival Sesc de Música de Câmara.
O Festival levou ao público brasileiro uma composição de sua autoria, “Quatro noturnos para ninar cigarras op. 24”, interpretada pelo Trio Peckham, formado por Braimah Kanneh-Mason (violino), Hadewych van Gent (violoncelo e voz) e Plínio Fernandes (violão). Rafael aproveitou o evento para visitar os familiares, amigos e reviver as lembranças de infância em sua cidade natal, uma de suas grandes fontes de inspiração.
Rafael conta que começou a tocar violão e guitarra aos 8 anos. Por orientação dos pais, Armando Campedelli Arcaro e Andréa Marino Rodrigues, graduou-se em Cinema, mas a paixão pela música falou mais alto. Com ajuda da internet, começou a buscar informações sobre música clássica e a estudar por conta própria. Em São Paulo, cursou violão clássico e análise musical. Em 2016, foi escolhido para ingressar no Mestrado em Composição na Royal Academy of Music, em Londres.
Mesmo morando em Berlim, faz doutorado no King’s College de Londres, onde morou por oito anos. No ano passado, venceu o concorridíssimo “Concurso de Encomendas” da Orquestra Sinfônica de Londres e o trabalho op. 22, “invenção em língua de criança” será apresentado na temporada 2024/2025 no Barbican Centre, em Londres. “Estou começando a dar passos significativos na minha carreira”, disse Rafael.
Das memórias de infância, ele comentou as idas à chácara dos avós, onde brincava com os primos, andava de bicicleta e comia frutas no pé, como acerola e romã. “Percebi que minha força é exatamente essa vivência que as pessoas ligadas à música clássica raramente têm”, frisou. Paralelamente, ele relatou que o poeta Manoel de Barros é sua grande fonte de inspiração estética. E, tomando como exemplo Heitor Villa-Lobos, o compositor clássico brasileiro mais conhecido no mundo, Rafael afirmou que deseja projetar nossa música internacionalmente, sem perder sua identidade do interior paulista.
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