Hilton denuncia suposto uso de arma de fogo e crime em venda de shows do RBD
No documento, ela aponta que os ingressos disponibilizados no site a partir das 10h desta sexta (3) acabaram em menos de dez minutos
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) entrou com um ofício solicitando que o Procon-SP e o Ministério Público de São Paulo investiguem um suposto esquema de venda ilegal dos ingressos para os shows do grupo RBD na capital paulista.
No documento, ela aponta que os ingressos disponibilizados no site a partir das 10h desta sexta (3) acabaram em menos de dez minutos. A parlamentar cita ainda reportagem do portal R7 que diz que os pontos de vendas presenciais “estão tomados por cambistas portando armas de fogo para intimidar os fãs”.
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“Há também um vídeo que circula nas redes sociais, onde é afirmado que a empresa responsável pela venda dos ingressos [a Eventim] possui um esquema com os cambistas”, diz o documento.
“Uma vez sendo comprovado o esquema ilegal de vendas de ingressos, a situação poderia configurar crime contra a economia popular, previsto na Lei nº 1.521, de 26 de dezembro de 1951, por configurar ato de manipulação ilegal de preços e tendências de mercado, lesando os consumidores do mercado artístico-cultural no país”, afirma a parlamentar.
No último dia 27, consumidores relataram dificuldades para concluir a compra dos bilhetes para shows da banda no site da empresa. Também foram apontados problemas na comercialização dos ingressos no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Na ocasião, houve grande tumulto quando as entradas se esgotaram. Dono de um restaurante situado no local, Claudio Govêa disse que teve pânico e quebradeira na data e que precisou fechar às pressas o estabelecimento por causa da confusão.
Nesta sexta (3), quando foram abertas as vendas para dois shows extras em São Paulo, fãs voltaram a reclamar de dificuldades para compra no site e da atuação de cambistas na venda presencial, que novamente ocorre no Pacaembu.
Na noite de quarta (1º), a Eventim anunciou algumas medidas e mudanças para evitar problemas como o aumento de ingressos disponibilizados na bilheteria física e maior número de guichês; reforço no policiamento e a contratação do dobro de seguranças para atuarem no local, além da limitação de compra de quatro ingressos por pessoa.
No início da semana, o Procon-SP cobrou explicações da Eventim. Em resposta ao órgão, a empresa disse que foi uma “situação pontual”.
O Procon, porém, afirma que notificará novamente a Eventim para que ela apresente um “plano de conformidade” para solucionar as questões apontadas pelos consumidores. O órgão acrescenta que seguirá monitorando os casos e a condução da empresa na solução ou não das queixas.
Fenômeno dos anos 2000, o RBD se apresenta no Brasil em quatro shows da turnê “Soy Rebelde Tour”, nos dias 16, 17 e 18 de novembro no Allianz Parque, em São Paulo, e no dia 19 de novembro no estádio Nilton Santos, no Rio.
Conhecida por ser formada na novela “Rebelde”, que estreou em 2004 e foi transmitida no Brasil pelo SBT, a banda continuou sua carreira mesmo depois do fim da trama e fez shows até 2009, se tornando um fenômeno no Brasil.
A turnê “Soy Rebelde Tour” promove um reencontro de cinco dos seis integrantes nos palcos. Os ingressos para as apresentações de São Paulo custam a partir de R$ 420 (cadeira superior) a pista premium (R$ 850).
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